Falando de Corrida

Novidades, lembranças e curiosidades do nosso esporte a motor

Powered By Blogger

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Grande apoio


Ontem Bruno Senna ganhou um patrocínio de peso: O Santander, que o havia patrocinado na GP2, quando buscava seu lugar na Formula 1. Trata-se não só de um  patrocínio bem vindo, mas de uma das empresas que mais tem investido na categoria, presente em diversos GP’s e o mais importante de tudo isso: Patrocinador de Ferrari e McLaren. Claro que isso não significa que portas se abram milagrosamente em um desses times, mas o fato de o Banco querer fortalecer sua imagem no Brasil, um dos países onde tem seu mercado principal, mostra que caso Bruno mostre força nesse ano, terá alguém de peso para apoiá-lo no próximo.
Outra coisa que pode-se notar, é que o Banco não costuma apoiar um piloto qualquer, e se já patrocinou Bruno anteriormente e quis fazê-lo de novo é porque já viu que o rapaz oferece retorno. Embora não seja tão jovem, Bruno é um bom piloto, e fora o sobrenome famoso, tem um enorme carisma e é capaz de atrair atenção por onde passa.
Quem conhece automobilismo sabe que neste ano não será possível esperar muito de Senna na decadente Williams Renault, que das glórias do passado guarda apenas o nome e as cores de outrora, mas vale lembrar que equipes fracas geralmente acabam sendo um trampolim para pilotos talentosos O apoio Bruno já tem, capacidade ele também já demonstrou, só esperamos agora que a sorte não falte no seu primeiro ano para valer. E aí, quem sabe no ano que vem surja uma vaga em um time que realmente o leve a conquistar mais do que alguns pontos.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Boa aposta, quem está a fim????


Acho que se alguma empresa disposta a patrocinar o Rubinho na Indy ainda está com dúvidas, eu diria que não há motivo. Desde que Rubinho começou a testar o carro da equipe de Jimmy Vasser, o marketing foi bastante positivo, tanto aqui quanto nos USA. Apesar de ter enfrentado críticas e piadas ao longo de sua carreira, Barrichello é sempre um nome de peso no automobilismo internacional, ao ponto de ser citado no boletim da Indy Car Nation e ter tido uma boa cobertura em todos os testes que realizou na América do Norte. Já critiquei muito o Rubinho por coisas que ele falou e fez ao longo da carreira, mas sempre disse também que sua provável entrada na Indy será boa tanto para ele quanto para a categoria, e ótima para quem estiver disposto a investir nos mercados brasileiro e norte-americanos (Canadá e USA). Vale lembrar também que a Indy irá visitar a Ásia, mais precisamente a China, a Bola da vez quando o assunto é economia.
Rubinho tem demonstrado uma enorme vontade de pilotar por lá, e tem tudo para se dar bem não só pelo equilíbrio da categoria, mas também pelo ambiente bem menos pesado e hostil do que o que enfrentou nos 19 anos de Formula 1, onde teve de conviver também com as comparações com Ayrton Senna. Bem, Ayrton não correu na Indy, lá não faz tanto tempo que um  brasileiro não é campeão e temos o Hélio Castroneves, que está a ponto de igualar o Recorde de vitória em Indianapolis. Acho que o mínimo que Rubinho consegue é igualar o sucesso de tantos brasileiros que foram para lá, tanto na CART quanto na IRL, apesar da pouca memória da torcida e da transmissão um tanto quanto ingrata que a categoria tem por aqui. E aí é um outro ponto em que seu nome também pode fazer a diferença.
Dentre tantas novidades na “nova Indy”, Rubinho acaba sendo mais uma boa perspectiva para o novo ano da categoria. Espero que tudo dê certo, afinal é muito bom termos duas categorias fortes para acompanharmos. E o melhor de tudo é poder viver em São Paulo, única cidade em que é possível acompanhar as duas ao vivo. E para Rubinho, isso significa continuar correndo em casa, e ele não vai achar isso ruim. Torcida não vai faltar. Nem exposição publicitária.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sad but true


Dentre várias especulações, expectativas e um bocado de marketing, sempre há muita coisa legal no período pré-temporada. Mas uma coisa deixou muita gente (inclusive eu) um bocado chateado, que foi o anúncio de que este ano a Newmann/Haas não faz mais parte da Indy. Bom, vou lembrar aqui que a Indy tal qual conhecemos hoje, surgiu no final da década de 70 para o começo da década de 80, que foi quando eu nasci. A categoria ainda se fortaleceu com a chegada de Emerson Fittipaldi na metade da década, e um de seus principais adversários era Mario Andretti, justamente da Newmann/Haas.
A equipe de Paul Newmann e Carl Haas foi uma das mais vencedoras da história da CART (a original IndyCar) e depois Champ Car. Na década passada, aliás, a equipe venceu vários campeonatos da categoria pelas mãos de Sebastian Bourdais e um nas mãos de Cristiano da Matta, proeza que levou os dois à F1. Foi por ela também que Nigel Mansell conquistou a América, disputando um campeonato inesquecível com Emerson Fittipaldi e Mario Andretti, 19 anos atrás. Aliás, acho que até hoje a Indy não teve uma temporada igual.
No ano passado, já enfraquecida após a morte de Paul Newmann, ex-ator e ex-piloto (que inclusive atuou como piloto no legendário filme “500 milhas”, ao lado da esposa e do ator Robert Wagner), a equipe ainda venceu uma corrida pelas mãos de Graham Rahal, filho de um dos maiores adversários da equipe em décadas passadas, mas já não era mais o mesmo time de outrora.
Mas é mesmo impossível não lembrar dos grandes momentos do time e dos grandes nomes que por lá passaram. Mas é compreensível, afinal, somente um time liderado por Paul Newmann poderia ter uma história com personagens tão legendários. O time e Paul se foram, mas sua história e vitórias ficarão para sempre.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quem te viu, quem te vê..


Para quem acompanha a Formula 1 há pelo menos duas décadas, pareceria impossível que um dia a Williams frequentasse o final do grid. Com um carro projetado por Adrian Newey (hoje na Red Bull) e um arsenal de aparatos eletrônicos, a equipe dominava o certame de tal foram que Ayrton Senna chegou a declarar que os FW 14 pareciam ter vindo de outro planeta. E não foi só: A equipe se deu ao luxo de dispensar campeões mundiais duas temporadas seguidas e ainda esnobou um patrocinador com a qual já contava havia 8 anos, a Canon. A equipe foi a melhor escolha até 1998, quando a Renault deixou de apoiar a categoria. A equipe então não viveu bons resultados como “Wiiliams Mecachrome” nem como “Williams Supertec”, os apelidos do enfraquecido motor  Renault.
A equipe ainda viveu uma boa fase com a volta dos BMW, de 2000 a 2005, inclusive disputando o mundial de 2003 com Juan Pablo Montoya. Desde então, cadê a Williams?
Eu citei o início da década de 90 apenas para não me prolongar demais nem fazer do post uma biografia, afinal a equipe dividiu com a McLaren a glória de potência da década de 80, fazendo 3 campeões e disputando títulos em quase todos os anos. Mas a resistência do time em se aliar à uma montadora acabaram levando a equipe a uma queda vertiginosa.
Tome como exemplo sua principal rival nos anos 80, a McLaren. Nunca viu problema em se associar a nenhuma fábrica. Nos anos 80 foi a Porsche, que saiu e deu lugar à Honda. Ambas as parcerias foram de grande sucesso e juntas somaram 6 campeonatos. No meio dos anos 90 foi a Mercedes, que agora não dá apoio oficial mas ainda fornece (bons) motores ao time de Woking.
A falta de exploração no marketing dos pilotos e a falta de interesse em mantê-los no time também não ajudaram muito. Quem se lembra, por exemplo, de um piloto da equipe que tenha virado um grande ídolo? O único que esteve prestes a sê-lo foi Juan Pablo Montoya, quem a equipe deixou escapar para a rival de Woking. Já, na McLaren, campanhas publicitárias dos patrocinadores e parceiros tecnológicos já envolveram seus principais pilotos, como Mika Hakkinen, Lewis Hamilton, Fernando Alonso, Ayrton Senna e Jenson Button. Estes apareceram em comerciais de bancos, carros e até café expresso. A Williams nunca procurou associar seus pilotos à produtos, pois para eles o mais importante era o carro, que cá entre nós, não tem muito apelo comercial nem carisma para atrair patrocinadores, a não ser que  o carro seja da equipe seja a Ferrari.
Agora que está no buraco, a equipe está tentando desesperadamente reverter a situação e revendo seus conceitos. Procura associar a imagem de Bruno Senna e Pastor Maldonado aos poucos parceiros, conta com o motor campeão mas que não está interessada em desenvolver um carro, apenas em equipar o melhor de todos. Em suma, lembra a Lotus de 1994.
Infelizmente, não creio que a Williams vá muito longe na Formula 1. Uma pena, mas o velho Frank deveria ter percebido que hoje em dia não há mais na Formula 1 espaço para os românticos garagistas de outrora, o que também é uma pena.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

E a F1 deu as caras em Jerez...


Claro que um único ou dois dias de testes não são o suficiente para mensurarmos como será o desempenho de cada equipe por uma temporada inteira de Formula 1, ainda mais em se tratando do primeiro dia de testes do ano. Ninguém sabe o que cada equipe está realmente avaliando, e nem sempre o desempenho final está sendo levado em conta.  Mas quando quem anda mais rápido é alguém que está fora há algum tempo, é suficiente para causar admiração. Só tem um porém: quando esse alguém é Kimi Raikkonen, acho que não para causar espanto. Me lembro quando ele estreou na Formula 1, 11 anos atrás. O jovem Kimi tinha apenas 21 anos e foi rápido logo de cara, o que o levou à McLaren no ano seguinte. Agora, amadurecido e descansado, claro que não iria fazer feio, mas exagera quando o assunto é andar bem.
Ontem as equipes não demonstraram seu real potencial, isso pode-se perceber com Red Bull e McLaren andando do meio para trás, bem como a Ferrari. Hoje as coisas foram diferentes: Michael Schumacher liderou com quase um segundo a menos do Kimi ontem, Seguido por Mark Webber, mas logo atrás já vieram Toro Rosso e Force India, mas serão necessárias algumas sessões a mais para que as equipes realmente mostrem seu poderio. 
Nesse caso também é necessário ser cauteloso, porque muitas vezes as equipes mostram na pré-temporada uma força que não terão ao longo do ano, mais ou menos como acontece nos treinos de sexta-feira. Eu nunca me esqueço da pré-temporada de 2004, quando Williams e McLaren roubaram a cena e foram a grande sensação, pareciam fortes o suficiente para acabarem com a sequencia de títulos de Michael Schumacher. Resultado: O alemão saboreou, com folga, seu heptacampeonato, quinto título seguido pela Ferrari.
Até Melbourne muita coisa ainda rola. Muita coisa ainda muda nos carros, mesmo que sejam alterações visualmente imperceptíveis. Formula 1 se faz com mínimos detalhes, mas até que é gostoso ter uma sensação de que essa temporada será diferente, mesmo que a sensação não passe de março.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Os feios que me perdoem...


Alguns se esquivaram das respostas, outros deixaram respostas pendentes, mas a grande maioria concorda: Os novos carros da F1 estão muito feios. Eu me lembro da apresentação da onipotente Ferrari F2002, 10 anos atrás, e o carro era realmente lindo. O design elegante e harmonioso culminou em um dos carros mais vencedores da história, e agora, sou obrigado a fazer algo que nunca achei que faria em minha vida: dizer que um carro da Ferrari não é bonito. Ainda bem que ele não é unanimidade, afinal esse degrau no bico que a maioria dos carros adotou ficou muito feio. Aliás, os carros já não estão mais tão bonitos como costumavam ser desde 2009, quando a regra alterou a aerodinâmica para que houvesse mais ultrapassagens.
Meu amigo Paulo Abreu, do blog volta rápida, volta e meia faz enquetes sobre qual o carro mais bonito da história, e dificilmente algum carro de 2012 entrará para essa lista algum dia. No quesito pintura, a Ferrari e a Lotus não deixaram nada a desejar, com suas tradicionalíssimas cores, trazem grandes estrelas em seus cockpits e esperam reviver bons tempos, o que seria ótimo. 

Mas por que estou citando as duas? Simples: As duas equipes fizeram os carros que até hoje acho os mais bonitos, que por coincidência também foram grandes vencedores. Se as regras obrigam que os carros sejam verdadeiros ornitorrincos sobre rodas, não é culpa dos designers. Mas é sempre bom ver as fotos dos carros que até hoje me enchem os olhos, e quem sabe a feiúra seja compensada com um grande desempenho...

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Rubinho e a (nova) grande chance


Nesta semana Rubens Barrichello conseguiu mostrar boa forma ao testar o novo carro da Indy, inclusive sendo o mais rápido no segundo dia. Bem, ainda não se sabe se Rubens irá para a Indy, embora ele mesmo esteja considerando a hipótese. Não que a KV não queira, não também que ele não levante orçamento, afinal sai muito mais em conta correr na Indy do que na Fórmula 1. Tenho dito ultimamente que a Indy é mais automobilismo do que a Fórmula 1, afinal as equipes estão em um nível muito mais próximo, até porque o equipamento era o mesmo para todos até o ano passado e agora a disputa ficará muito mais interessante, com vários pacotes aerodinâmicos disponíveis e 3 fábricas de motores disputando as vitórias. Além disso, o número de corridas em ovais está menor do que nunca, a categoria vem passando por uma renovação que mistura futuro e passado... enfim, interessante para fãs, equipes e pilotos.
Se Rubens decidir entrar, fará um bom negócio. Entra em um momento em que todos terão que se adaptar ao novo carro, o que significa que ele não estará um passo atrás dos outros. Também haverão pouquíssimas corridas em ovais, onde Rubens não tem experiência (aliás, tem-se falado que ele disputaria somente as corridas em mistos, o que eu duvido um pouco se ele tiver chance de disputar o título). Soma-se a isso o fato de os pilotos de ponta estarem mais próximos de sua idade do que seus concorrentes na F1. Resumindo: Rubinho só tem a ganhar se for  para a Indy.
Eu tenho minhas opiniões, embora algumas o próprio Rubinho ache que mereçam punição jurídica. No quesito pró-Rubinho, acho que a Indy é um ambiente muito menos hostil e mais saudável do que a F1. A pressão é menor, o que deixa mais divertido e prazeroso ser piloto. As equipes estão em um nível técnico mais igualado, e o piloto faz mais diferença. Aí é que moram os quesitos contra, mas bem, vamos lá...
A Indy não seria a primeira grande chance de Rubinho mostrar talento. Isso não faltou em 19 anos de F1, embora ele continue se queixando de que não foi reconhecido. Na Ferrari ele teve Schumacher ao lado, o que não conta muito a seu favor, mas resolveu sair do time na hora errada e falou muita coisa que não devia. Se queimou um bocado com isso, e aí teve a chance de ouro quando viu a Honda ir para o buraco e virar Brawn. Teve uma vida pós-Ferrari (isso pouquíssimos tiveram, o próprio Schummy não conseguiu disputar um título nem vitórias desde que abandonou o time de Maranello) e levou uma verdadeira lavada do companheiro de equipe. Aí se queimou mais um pouco falando que estava sendo desfavorecido. Resultado:  Com mais um companheiro sendo campeão em cima dele, foi relegado à decadente Williams, enquanto Button é o coringa da McLaren...
Sou totalmente a favor de Rubinho na Indy. Só daria um conselho a Rubens: Se entrar para a Indy, que fale menos e tenha os pés no chão. Foque em suas qualidades ao Ives de ressaltar os problemas. Busque resultados reais ao invés de calcular ultrapassagens, afinal mais vale uma vitória largando na primeira fila do que um décimo lugar saindo do vigésimo. Só assim irão parar as críticas, e virá o tão sonhado título, afinal, a Indy também é um mundial. E dos mais emocionantes.