Falando de Corrida

Novidades, lembranças e curiosidades do nosso esporte a motor

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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Caras, eu vi...



A Itaipava GT já havia sido mais do que eu podia pedir em um dia de sol como não se via há muito e, depois de tanto tempo - nem sei quanto - nós a vimos!! Xandinho Negrão e Enrique Bernoldi voaram para conquistar a tão sonhada vitória brasileira no automobilismo internacional. 

Eu sei que não foi na F1, mas eu vivi meu sonho.                                                                                                            

O mundo das corridas é assim, cheirando a pneus queimados no abrasivo asfalto de Interlagos, com rodadas e toques em alta velocidade e repleto de ultrapassagens. Muitas ultrapassagens.

Embora minha torcida fosse de Tomas Enge/Darren Turner - e muito mais por causa do primeiro - e do carro 23 (Peter Dumbreck/Michael Krumm) que tinha a melhor e mais simpática grid girl de que se tem notícia, a vitória dos brasileiros nos encheu de orgulho, este muito mais gostoso por vermos que apesar da falta de investimentos e da leniência com que tratam nossos autódromos e pilotos, sim, nós podemos correr e vencer.

(minhas fotos ficaram horríveis, embora eu as tenha tirado com vontade. A cobertura completa e muitas fotos lindas, inclusive as da 23 - a grid girl de que falo acima - podem ser vistas no site do Grande Prêmio, que fez um belo trabalho).




















terça-feira, 23 de novembro de 2010

A culpa é de quem?

Valência, Espanha, 2008. Kimi Raikkonen, ainda com chances de vencer o mundial, faz o seu pit stop enquanto a Ferrari exibe sua inovação tecnológica: Um "pirulito" hi-tech. Então a lu verde acende na hora errada, estragando a parada do finlandês. O que a Ferrari fez? Nada, continuou utiliando o pirulito com muito orgulho. Aí chegou o GP de Singapura, fase decisiva do campeonato. Dessa vez o pirulito falha com Felipe Massa. O resto da história todo mundo sabe: Felipe Massa perde o título por 1 ponto.
Abu Dhabi, 2010. Dessa vez não tem como errar: Fernando Alonso chega ao circuito com 7 pontos de vantagem. Para melhorar, o seu principal rival não consegue se classificar na frente dele. Bastava um quinto lugar, o espanhol seria campeão. Motivos para arriscar? Nenhum. Bastava Alonso seguir na pista que todo o resto estaria garantido, exceto algum acidente ou problema mecânico. Na largada Alonso é cauteloso e perde uma posição, mas ainda assim levaria o título. Webber antecipa a parada, e a Ferrari chama seus dois pilotos para os pits, sem se tantar de que Nico Rosberg e Vitaly Petrov já haviam feito suas paradas e estavam logo atrás do espanhol. Assim se decidia o mundial de 2010. Mas na real, a culpa foi de quem?
Felipe Massa não ajudou Alonso (exceto na Alemanha), talvez não tenha visto motivos para acelerar e ter que ceder posições ao final das corridas. Está errado? Não creio que alguém queira andar na frente para ter que perder depois.
Fernando Alonso não mostrou na pista o mesmo talento que sua língua. Também não pôde se valer das falcatruas de Flávio Briatore. Não havia Nigel Stepney para roubar segredos de Adrian Newey e Felipe Massa não bateu para que o Safety Car entrasse na pista. E Alonso mais uma vez ficou preso atrás de um adversário, assim como em Valência, onde ficou atrás de Buemi para ser ultrapassado por Kamui Kobayashi. Não adiantou nem a Ferrari dizer que confiava em seu talento (ou seria no patrocínio de um banco espanhol?).
Stefano Domenicalli ficou com sua tradicional cara de cachorro abandonado depois do GP. Jogar dois títulos fora não é para qualquer um. E ainda teve que ouvir jean Todt dizer que aquilo que aconteceu em Abu Dhabi não era para acontecer. E não era mesmo. Um risco totalmente desnecessário em uma pista onde as dificuldades de se ultrapassar são enormes, ainda mais para um piloto tão limitado como Alonso neste sentido (os fãs dele que me perdoem, mas ele não tem o mesmo talento de um Hamilton ou um Kobayashi, aliás acho que o espanhol deve ter sido reprovado nessa matéria).
Um segundo piloto desmotivado, uma estrela limitada e um chefe de equipe sei lá o quê. Uma pressão que foi criada desnecessariamente desde Hockenheim, a preferência dada a um piloto que não se demonstrou superior a não ser quando tudo conspira a seu favor. Será que a Ferrari aprendeu ou será que só vai procurar um culpado?
Nos teste da Pirelli, Massa voltou a ser rápido, ficando claro que não teve a mínima vontade de andar na frente na Alemanha. O espanhol continua falando muito, espera-se que agora faça na mesma proporção, pelo menos para justificar o maior salário da F1. E quanto a Domenicalli, este é o que mais tem a perder, afinal tem pouco a justificar e será o maior bode expiatório se houver a necessidade. Agora é esperar 2011 e ver se todo mundo fez a lição de casa, para que o erro não se repita (pela terceira vez).

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Justo, muito justo



Lembra quando eu disse que a Red Bull podia estar jogando o campeonato fora depois do que aconteceu em Interlagos? Pois é, errei. E errei feio, admito. Aliás, muita gente criticou a Red Bull pelo fato de não dar preferência ao australiano Mark Webber, mas afinal de contas, Vettel também não tinha chances?
Claro que as chances dele eram menores, e claro também que talvez tenha sido o candidato que mais errou ao longo do ano, mas a equipe confiou em seu talento, e afinal todo mundo saiu ganhando.
O título começou a ser desenhado no sábado, com a pole position, porém o terceiro lugar de Alonso no grid não era o suficiente para dar o triunfo ao jovem alemão. Mas pouco depois da largada, muita coisa começou a mudar. Primeiro Alonso, cauteloso, perdeu a posição para Jenson Button. Em seguida Vitantonio Liuzzi consumou a participação de Schumacher no pior ano de sua carreira com um forte acidente, onde os dois saíram ilesos. Muita gente então resolveu ir para os pits aproveitando a intervenção do Safety Car, o que incluiu Vitaly Petrov e Nico Rosberg. Aí o campeonato começou a ser desenhado, principalmente porque a Ferrari acabou cometendo um erro grotesco: Mark Webber foi para os pits pouco depois da saída do Safety, e a Ferrari, se esquecendo de Vettel, acabou seguindo a estratégia para manter Alonso na frente de Webber. A estratégia deu certo nesse ponto, até que eles perceberam que Alonso estava, fisicamente, atrás de Nico e Petrov, que já haviam feito a parada, e ainda haviam com os líderes Vettel, Hamilton e Button, o que empurrava Alonso para o sexto posto, insuficiente para ser campeão. Quando o erro foi percebido, a equipe mandou o espanhol atacar, porém as dificuldades de ultrapassagem em Yas Marina fizeram as chances de Alonso se esvaecerem. Ainda mais depois que Kubica abriu distância suficiente para parar e voltar à frente do espanhol. Sétimo lugar. E foi só. Enquanto isso, Vettel se redimia de seus erros, pilotando com precisão e cautela, enquanto o mundo aplaudia ele e a Red Bull de pé, pela vitória da ética e do esporte, por Dietrich Mastechitz ter esfregado na cara da Ferrari o erro cometido em Hockenheim, desmotivando Felipe Massa a ponto de este nem sequer se esforçar em tirar pontos dos adversários - e para quê?
Vettel chorou como uma menina (as palavras foram do próprio), e ainda teve a façanha de vencer um campeonato no qual era a primeira vez que era líder. Ao Longo do ano o campeonato passou pelas mãos de Alonso, Massa, Hamilton, Button e Webber, sem que Vettel tivesse liderado por uma corrida sequer. Mas no final, o talento e a ética prevaleceram.

Enquanto isso na Ferrari...

O espanhol Fernando Alonso, o príncipe das lamúrias reclamava com Petrov. Talve tenha se esquecido que não é mais piloto da Renault e que os outros não são obrigados a bater ou lhe dar passagem para que ele possa ser campeão. Talvez tenha gritado pelo rádio achando tudo ridículo. Tão ridículo quanto o seu desempenho em Abu Dhabi. O dinehiro espanhol acabou não sendo fator determinante para que ele pudesse levar o título à equipe vermelha, que teve de ceder às exigências de seu maior patrocinador. Pode não ter sido punida como deveria pela FIA, mas foi punida pela incompetência de seus dirigentes e da sua maior "estrela", alguém que acha que a Fórmula 1 é feita para ele, e que desde que venceu Schumacher em 2006, não fez nada além de manchar seu currículo com trapaças e evidenciar sua falta de caráter. Alonso, a Ferrari não precisa de você.  Não que Alonso não seja um bom piloto. è que é um péssimo político, só ainda não percebeu isso.

E falando em Stefano Domenicalli...

Este ainda não aprendeu como gerenciar uma equipe. No início do ano, claramente ele não favorecia nenhum de seus pilotos, isso até o grande Prêmio Santander da Alemanha, na presença de Dom Emílio. Se curvou à exigêncoa do patrocinador espanhol e desmotivou um piloto que poderia ter sido fundamental na briga pelo título. O mesmo piloto que perdeu o título por erros do time em 2008 e mesmo assim assumiu a culpa para si. O mesmo piloto que cedeu o GP do Brasil de 2007 para que Kimi Raikkonen fosse campeão e que jamais se negou a ajudar a equipe. Um piloto que naquele momento ainda tinha chances de vencer o campeonato assim com Sebastian Vettel dentro da Red Bull. E ainda Stefano brindou a Ferrari com um gran finale, errando feio na estratégia, onde bastava manter Alonso na pista para que ele apenas acompanhasse o ritmo dos líderes, sem a necessidade de vencer. Parece que Stefano não aprendeu com erros de 2008, e se depender dele, a Ferrari vai ficar um bom tempo sem vencer, mesmo tendo bons carros e excelentes pilotos.

E falando de Mark Webber....

Faltou algo na hora decisiva. Perdeu o título na Coréia, onde cometeu um dos poucos erros da temporada, porém no momento mais decisivo de todos. Os pontos teriam lhe dado o titulo com boa folga. Uma pena, pois ao longo do campeonato mostrou força e constância. Mas, a Fórmula 1 tem dessas coisas...

E no geral?

Que campeonato! Decidido nas últimas curvas, foi quase tão épico quanto o de 2008, um pouco menos dramático, é verdade. Boas disputas, novos gênios, e no final Vettel afirmando a fama de grande piloto. E mais uma vez Adrian Newey fazendo o melhor. Em 2011 novos pneus, talvez novas visões, novas estratégias e quem sabe continuamos com as boas e velhas disputas!

Resultado da corrida:

1- Sebastian Vettel (Red Bull/Renault)
2- Lewis Hamilton (McLaren/Mercedes)
3- Jenson Button (McLaren/Mercedes)
4- Nico Rosberg (Mercedes)
5- Robert Kubica (Renault)
6- Vitaly Petrov (Renault)
7- Fernando Alonso (Ferrari)
8- Mark Webber (Red Bull/Renault)
9- Jaime Alguersuari (STR/Ferrari)
10- Felipe Massa (Ferrari)

Campeonato:

1- Sebastian Vettel - 256 pts
2- Fernando Alonso - 252 pts
3- Mark Webber - 242 pts
4- Lewis Hamilton - 240 pts
5- Jenson Button - 214 pts
6- Felipe Massa - 144 pts
7- Nico Rosberg - 142 pts
8- Robert Kubica - 136 pts
9- Michael Schumacher - 72 pts
10- Rubens Barrichello - 47 pts

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

É agora ou... só no ano que vem

Finalmente chegou a hora da decisão. Alonso chegou à uma improvável liderança na reta final, os pilotos da Red Bull abusaram da sorte e a equipe até agora se negou a fazer jogo de equipe. Até agora...
Acontece que Sebastian Vettel simplesmente declarou que pilota para uma equipe, ou seja, não vai se negar a favorecer Webber caso seja necessário. E não será difícil isso acontecer, afinal Webber tem melhores chances do que ele para levar a taça. Mas o espenhol é cheio de surpresas, e até o momento vem andando forte em Abu Dhabi. Muitas expectativas, especulações e nenhuma certeza. E tem o Hamilton, vindo por fora em um campeonato que mostrou que muita coisa pode (e vai) acontecer. E que ele parce ter vindo forte não há dúvidas, embora precise de uma combinação de resultados miraculosa. E se a Red Bull não tiver como corrigir o erro de Interlagos, só no ano que vem... E o que vou fazer no domingo de manhã? Bem, estarei em Interlagos, trabalhando no tradicional 500 Km de interlagos. Se quiser acompanhar de perto, maiores informações no site http://www.autodromodeinterlagos.com.br/ . E se quiser ver a corrida da F1, claro, é só clicar no link!
P.S.: Que a decisão poderia ser em um circuito menos artificial, bem que poderia...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A Red Bull vai querer o campeonato?

A vitória de Sebastian Vettel, no GP do Brasil, mostrou mais uma vez que a Red Bull não pretende favorecer Mark Webber na luta pelo campeonato. Uma pena, pois o australiano fez uma grande temporada, muitas vezes atrapalhado pelo companheiro de equipe. Não que Vettel não mereça vencer corridas. Ele é rápido e arrojado, porém este arrojo infelizmente tem atrapalhado na briga por pontos - e somente um milagre lhe garantirá o título, afinal está 15 pontos atrás de Alonso. Webber está mais perto, porém poderia estar encostado caso a equipe tivesse optado por fazer como a Ferrari fez em Hockenheim. E, por ironia, são justamente os pontos que deixam Alonso na posição mais favorável para conquistar o título.
Webber bem que tentou em Interlagos, porém parecia não ter reservas para ir para cima de Vettel, ainda mais depois da intervenção do Safety car, quando parece ter perdido de vez a chance de encostar em Vettel e tentar um bote nas últimas voltas. A corrida, aliás, só contou com disputas no pelotão intermediário, onde os carros estavam embolados o tempo todo e batiam roda com roda em belas disputas, onde Felipe Massa acabou saindo da pista por duas vezes, uma com Buemi e outra com Petrov.
E Alonso? este fe o que precisava, garantiu os pontos necessários sem se arriscar, e um segundo lugar lhe basta para ser campeão em Abu Dhabi. Ou um resultado igual ao de Interlagos, o que não é difícil. A classificação do GP foi a seguinte:

1- Sebastian Vettel (Red Bull/Renault)

2- Mark Webber (Red Bull/Renault)

3- Fernando Alonso (Ferrari)

4- Lewis Hamilton (McLaren/Mercedes)

5- Jenson Button (McLaren/Mercedes)

6- Nico Rosberg (Mercedes)

7- Michael Schumacher (Mercedes)

8- Nico Hulkenberg (Williams/Cosworth)

9- Robert Kubica (Renault)

10- Kamui Kobayashi (BMW Sauber/Ferrari)

Bom, e para quem gosta de curtir o passado, no ano que vem teremos novamente Williams/Renault e Lotus/Renault, essa última com um Senna ao volante, foram as novidades do final de semana. E agora é esperar Abu Dhabi, e embora Alonso seja o favorito, esse campeonato tem mostrado que muita coisa pode acontecer, e não aposto em ninguém para levar o campeonato. Você se arrisca?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Nos bastidores da Fórmula 1

Uma corrida de Fórmula 1 é muito mais do que o que se mostra na TV. São milhares de pessoas acompanhando pelas arquibancadas e centenas trabalhando para garantir que tudo ocorra certo durante o show - dentro e forma da pista.
Vinícius, eu (André), Marcelo e Rafael pudemos fazer parte disso, e claro que nos enche de orgulho podermos fazer parte do Universo da Formula 1 pelo menos uma vez por ano, e do Autódromo de Interlagos durante o ano todo. Para podermos participar foi necessário quase um mês de preparação, palestras e simulados, até o tão esperado momento de pegar a credencial e finalmente irmos para a pista, com muito comprometimento, claro.
O calor de Interlagos pede litros de água e refrigerantes, o protetor solar é indispensável e a emoção é garantida. Na sexta, os dois carros da Ferrari pararam bem em frente do nosso posto, e claro que ver os pilotos de perto acabam nos tirando um pouco da realidade, acho que é algo com que dificilmente nos acostumamos. Ouvir o barulho de perto nos dá uma sensação incrível, e trabalhar em um GP é muito diferente de apenas acompanhá-lo pela TV ou pela arquibancada.



No sábado, uma visita pelos boxes pela manhã (onde pudemos acompanhar os treinos de pit stop da Virgin e da Force India). A chuva (que sempre tem que aparecer em Interlagos), apareceu, mas não o suficiente para diminuir a euforia, muito pelo contrário. Poder ver os carros serpenteando na descida do lago mostrou todo o talento e habilidade dos pilotos, e a grande surpresa foi Hulkenberg, cravando uma volta memorável com sua Williams.

Finalmente o domingo. Antes da Fórmula 1, os garotos da Fórmula 3 demonstram seu potencial e garantem um show (apesar da absurda diferença entre os carros), e a Porsche GT3 Cup também garantiu um show de disputas, toques e rodadas. E graças a um motor estourado, tivemos que limpar a pista do lago até o café para poder garantir a aderência para os carros da Fórmula 1. E espalhar peat sorb e varrê-lo em um calor de mais de 30 graus não é uma das tarefas mais agradáveis...

Faltando quase uma hora para a largada, um momento com o qual nunca esperei que fosse me deparar. Não cheguei a ver na época porque não era nascido, mas tinha muitas fotos: a Lotus 72D com Emerson Fittipaldi ao volante. E em Interlagos. Talvez aquelas duas voltas tenham valido muito mais do que tudo nesse final de semana. Ele, o Rato, e seu inesquecível John Player na pista. Era só uma prévia do que estaria por vir.

Vai chegando a hora da largada. A tensão vai aumentando à medida em que os carros saem dos boxes para alinharem no grid. Eles largam. E no ponto onde ficamos pudemos ver muito mais do que o que foi mostrado na televisão: muitas brigas no pelotão intermediário, disputas de roda a roda e saídas de pista. Enquanto isso, Sebastian Vettel lidera sem erros, muitas vezes sendo seguido de perto por Mark Webber, que parecia não conseguir se aproximar do alemão. E realmente não conseguiu, e no final começou a perder rendimento, vendo Fernando Alonso se aproximar, porém não o suficiente para lhe tirar a posição. Vettel, recebe a quadriculada seguido de Webber e Alonso. Hora de ir para casa, com aquela sensação de fim de festa, tudo sendo desmontado, o sol ainda brlhando sobre o autódromo, e uma experiência que nunca se repete. Olhar para os carros e dizer: até ano que vem!

sábado, 6 de novembro de 2010

Brasil - GP's inesquecíveis

Recordar é viver...
Obs: não mencionei 2008 porque acho que todos lembram. Afinal, não faz tanto tempo assim.


1973 - deu Emerson

Após perder o primeiro GP - ainda de forma extra-oficial - no Brasil para Reutemann (72), após uma repentina quebra de suspensão a seis voltas do fim, Fittipaldi vence fácil, seguido de Stewart (Tyrrel) e Dennis Hulme (McLaren). O destaque negativo foi a chuva de garrafas na pista antes da corrida, as quais foram recolhidas pelos próprios pilotos.


1975 - dobradinha brasileira

A Shadow de Jarrier sai na frente, mas todos sabiam que não iria longe. Faltando oito voltas, o motor do líder não agüenta e Pace assume a ponta, 20 segundos a frente de Emerson. Jochen Mass (McLaren) completou o pódio.


1982 - não valeu...

À partir de 81 o GP Brasil passa a ser disputado em Jacarepaguá. A corrida foi ganha de maneira irregular por Piquet, cujo carro era equipado com um sistema de "refrigeração" que ludibriava a pesagem, permitindo que os carros de motor aspirado fossem mais leves, podendo assim competir com os motores turbo de igual pra igual. Com a desclassificação dos pilotos da Brabham - Piquet e Rosberg - o triunfo caiu no colo de Prost (Renault), seguido de John Watson (McLaren) e Mansell (Lotus).

1990 - Prost ganha mais uma

Senna, que liderava com grande vantagem, envolve-se em acidente com Nakajima e estraga o que seria sua primeira vitória em solo brasileiro. A vitória caiu no colo de Prost (Ferrari), que já havia vencido no país em 82, 84, 85, 87 e 88. Berger e Senna, companheiros de McLaren, completam o pódio.

1991 - enfim Senna vence

Mesmo só tendo a sexta marcha e lutando contra as temidas Williams, Ayrton consegue controlar Patrese para vencer de maneira inconteste sua primeira corrida no Brasil. O pódio ainda foi completado por Berger, que já fazia dupla com o brasileiro na McLaren. Senna ainda viria a ganhar em 93, corrida esta que por mim será lembrada como a maior invasão de público já vista em um GP.

2005 - o mais novo campeão

Alonso (Renault) sai da pole, embora preocupe-se somente em pontuar para assegurar a conquista do campeonato. Faz corrida discreta e termina em terceiro, o suficiente para destronar Emerson como o mais novo campeão mundial de F1. Vence Montoya, seguido de Raikonnen, ambos da McLaren.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Grande Prêmio do Brasil, lá vou eu!

Existem coisas que nuncam viram rotina. Trabalhar em uma corrida é uma delas. Lembro quando falava para alguém: "Já trabalhei em 20 corridas", "já trabalhei em 25" e assim por diante. Hoje não faço nem idéia de quantas corridas já trabalhei. Entre Stock car, GT3, Le Mans Series, Campeonato Paulista, Fórmula 1 e outras categorias, acho que já passei das 60. Mas uma corrida sempre gera expectativa, ainda mais uma corrida que pode decidir um campeonato. Participei de uma das decisões mais emocionantes da história, no GP do Brasil de 2008. Afinal, o vencedor cruzou a linha de chegada e o título não havia sido decidido. Foi um grande final de semana, e acho que o próximo não será diferente. Aliás, espero que não, afinal esperei por ele o ano todo. Desde os primeiros treinamentos até a hora de pegar a credencial, contei cada dia que faltava. E agora só faltam dois, ou melhor, para alguns de nós 1, pois amanhã já começamos com as atividades de pista e a última reunião antes do tão esperado GP. E Interlagos traz uma atmosfera diferente, é como Monza ou Silverstone. O público que lota as arquibancadas vem de diversos países, e me lembro de uns americanos que conheci no caminho de volta em um desses GPs do Brasil. Percebi o quanto sou privilegiado por morar em São Paulo e poder ter a Formula 1 (e agora também a Indy) tão perto de casa. E poder fazer parte de tudo isso realmente não dá para descrever. Bom, prometo falar de tudo que estiver acontecendo por lá, com algumas imagens exclusivas. Abraços!