Falando de Corrida

Novidades, lembranças e curiosidades do nosso esporte a motor

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sexta-feira, 27 de julho de 2012

O grande ídolo "americano"



Hélio Castroneves é um cara de sorte. Bem, talvez essa não seja a melhor definição, afinal ele também foi muito inteligente ao escolher os caminhos para sua carreira. Faz parte de uma geração cheia de talentos (como Cristiano da Matta e Ricardo Zonta), mas não insistiu no sonho da Formula 1 como os dois companheiros de pista, e aí está sua “sorte”.  Enquanto Zonta foi para a BAR ser companheiro de Jacques Villeneuve, Da Matta e Hélio seguiram para os USA, já que a CART abria suas portas e tentava se expandir.
Curiosamente, a carreira de Hélio acabou deslanchando após uma tragédia: A Penske já havia anunciado Greg Moore para integrar o time em 2000, quando na última corrida de 1999, em Fontana, o canadense sofreu um acidente fatal, fazendo a equipe contratar o brasileiro. Helio venceu sua primeira corrida naquele ano, quando o companheiro Gil de Ferran foi campeão. A partir de então, Helio passou a ser um constante favorito. Venceu a Indy 500 logo em sua estreia na corrida, e quando a Penske passou da CART para a IRL em 2002, não só venceu a Indy 500 novamente como também brigou pelo título. Enquanto isso, Da Matta era campeão na CART, categoria que abandonara em nome do sonho da Formula 1, para onde seguiu em 2003. Mostrando talento mas sem um bom carro, não chegou a completar duas temporadas, e sua boa fase nunca mais voltou, principalmente depois de um grave acidente sofrido em testes na Champ Car (ex-CART).
O fato é que Hélio só ficou uma temporada sem vencer uma corrida, no ano passado. Mas desde que foi para a Penske, é um constante favorito ao campeonato. Se considerarmos que isso ocorreu há 12 anos, nota-se porque ele é uma grande personalidade nos USA. Suas 3 Indy 500 têm um destaque muito maior do que todos os títulos de Sebastian Bourdais na CART, só para se ter uma ideia do tamanho da importância que a corrida representa. Nem mesmo problemas com a justiça no final de 2008 foram capazes de prejudicar o prestígio do brasileiro junto ao público norte-americano, que dá um tremendo valor ao Spider-Man, como ficou conhecido pela maneira pouco usual de subir no alambrado após suas vitórias.
Agora voltemos ao Brasil. Há 21 anos se espera por um título de um brasileiro na Formula 1, há 18 por um novo Ayrton Senna e há 12 anos cobra resultados de brasileiros na Ferrari. Nesses 12 anos, Hélio conquistou várias vitórias entre a Indy e a CART e disputou quase todos os campeonatos na condição de favorito desde então. Venceu inclusive a etapa de Edmonton no último domingo, feito que mereceu menos destaque do que os resultados ruins de Felipe Massa e Bruno Senna no GP da Alemanha. Hélio mais uma vez está na briga direta pelo título, mantendo-se entre os melhores por 12 anos. Mas claro que a maioria das pessoas sequer sabe quem é Hélio Castroneves.
Hélio realmente foi brilhante ao manter-se na Indy. Evitou desperdiçar energia e talento, está em constante boa fase na carreira e parece que nem passa pela cabeça de Roger Penske preteri-lo. Ainda tem muito para conquistar e parece estar disposto a isso. Por outro lado, acabou abrindo mão da exposição na mídia brasileira. Sim, porque se tivesse escolhido insistir em uma carreira na Formula 1, um mau resultado teria uma exposição midiática 10 vezes maior do que uma vitória na Indy. Tomara que ele tenha mídia especializada o mesmo comportamento que recebe dela, ou seja: nem se importe.

domingo, 22 de julho de 2012

No caminho certo



Há algumas corridas, ninguém apostaria na Ferrari como candidata ao título, mesmo tendo Fernando Alonso no cockpit. Aliás, muitos acreditavam que a Ferrari estava em queda livre, e que ficaria somente com a vitória da Malásia, caída no colo. Bem, como a Formula 1 anda imprevisível, o quadro mudou totalmente, e muitos acreditam que ninguém poderá tirar o título de Fernando. Bem, se eu pudesse apostar em alguém, apostaria em... ninguém! Claro que Fernando e a Ferrari estão indo por um caminho mais do que certo, mas realmente não dá para definir como será daqui para a frente, nem com uma vitória absoluta, de ponta a ponta como a de hoje. Para se ter uma idéia, quem viu o GP de Montreal acreditava em um renascimento de Lewis Hamilton, ninguém imaginava uma vitória de Maldonado em Barcelona e muitos achavam que a Lotus passaria a brigar mais na segunda metade do campeonato. Outros diseeram, após Valencia, que a Red Bull daria um salto de qualidade que poderia desequilibrar o campeonato. Não foi o que aconteceu, e se Alonso tivesse apostado em uma estratégia melhor poderia até ter vencido em Silverstone.
Claro que algumas coisas contribuíram com uma “tranqüila” vitória de Alonso hoje, em um GP que foi o mais monótono até agora, como a punição de Mark Webber. Mas Vettel se mostrou mais forte, e Hungaroring tem características totalmente opostas aos dois últimos GP’s, sem contar que provavelmente a chuva não apareça durante os treinos, o que muda muita coisa, afinal as duas últimas etapas foram baseadas em escolhas de pneus que não foram obrigatoriamente as mesmas dos Q3, e todos tiveram jogos zerados para utilizar no GP.
Bem, a temporada está cada vez mais imprevisível, não dá para falar neste ou naquele favorito. A queda da McLaren e a superioridade da Ferrari podem ser trocadas a qualquer momento, assim como a constância da Red Bull. Não acredito na Lotus surpreendendo, ou em Williams vencendo corridas daqui para a frente. Mas o que posso dizer? Nada, afinal não sou vidente, e a Formula 1 desse ano tem derrubado muitas teorias e estratégias. E quem sou eu para apontar este ou aquele como candidato ao título...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Sem flashes



A vitória de Fernando Alonso na penúltima etapa, em Valencia, teve um sabor especial para muitos espanhóis. Mas para um garoto, essa foi mais especial do que para o próprio Fernando. Pau é um garoto espanhol de 7 anos. Como muitos ao redor do mundo, é aficionado por Formula 1, e seu grande ídolo é seu conterrâneo Fernando Alonso. Mas Pau nunca poderá ser um piloto. Tá, muitos não puderam. Mas a história de Pau é diferente, e você vai entender o porquê.
Existe uma fundação apoiada por um dos principais patrocinadores da Ferrari e de Fernando, o Banco Santander, a Pequeño deseo. Essa fundação tem por objetivo realizar sonhos de crianças com doenças crônicas e sem esperança de cura. E esse é o caso de Pau, que tem câncer nos ossos. Ele nem mesmo consegue andar sem a ajuda de muletas, e seu caso é dos mais sérios.
Há algum tempo, sua mãe enviou uma carta à fundação para que o garoto pudesse conhecer seu ídolo, e aproveitando a ocasião do GP, que vou próximo à Gandía, onde reside o garoto, a fundação procurou Fernando, que não hesitou em conhecer seu pequeno fã.
A mãe de Pau disse ao garoto que ele iria à um hospital em Valencia contar sobre sua vida à outras crianças, mas ao ver o palco do GP ele logo ficou eufórico e começou a gritar eufórico o nome do ídolo. O que ele não sabia era que iria encontrá-lo em poucos minutos. Alonso lhe recebeu de braços abertos. A emoção não permitiu que Pau conseguisse dizer muitas coisas, e ele disse ao piloto: “Fernando... tem que ganhar o mundial!”, e Fernando simplesmente respondeu: Se ganhar a corrida, dedico a você, Pau”.
Não há muitos relatos sobre como Pau reagiu ao ver a vitória de Alonso, apenas que prometeu que iria andar sem muletas, inspirado na grande corrida. Aliás, dificilmente você encontrará qualquer notícia relacionada, afinal não se tratou de nenhuma bebedeira, separação ou ofensa que o piloto tenha feito à algum desafeto. Você pode dizer que há razões comerciais. Bem, não vi estampado em qualquer jornal que fosse, ou nem mesmo uma nota em um site. Falo isso apenas para demonstrar que os pilotos têm seu lado humano (mesmo que eu não goste muito de Fernando). E sabe o que se espelharia pelos jornais e Internet? Se Fernando se negasse a cumprir esse desejo simples do garoto. Aí você ficaria sabendo rapidinho. Essa é a mídia especializada.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Surpresa (2)



Se na Formula 1 Mark Webber surpreendeu no domingo, na Indy Ryan Hunter Reay vem surpreendendo há 3 corridas. Não que eu esteja subestimando seu talento, muito pelo contrário. O que surpreende é que, até a Chegada da Indy Car em Indianápolis, ninguém imaginaria que um time que não fosse a Penske seria capaz de liderar o campeonato. Bem, todos que pensaram assim (eu por exemplo), estávamos enganados. E se na Formula 1 são os pneus que têm dado as cartas, na Indy o novo chassi é o grande responsável por essa surpresa. Sim, pois no início da temporada ninguém havia encontrado o acerto ideal, os pilotos ainda estavam se adaptando e claro que a Penske, tendo o forte motor Chevrolet, seria superior, já que o motor Honda da Ganassi não era suficiente para lhes fazer frente, até a Indy 500, com Franchitti virando o jogo. Aí teve Detroit e toda confusão, nova vitória da Ganassi, dessa vez com Dixon levando mais uma para Ganassi, onde parecia que o campeonato ficaria bipolarizado por Penske e Ganassi mais uma vez. Bem, nem Ganassi nem Penske: Quem virou o jogo foi a Andretti, com Hunter Reay emplacando 3 seguidas e mudando a cara do campeonato. A Andretti, motivada pelas conquistas, promete entrar na briga pelo título e parece ter recuperado a força de outrora, o que também é bom para a torcida, já que Penske e Ganassi não vão deixar barato.
Quem também fez bonito e surpreendeu em Toronto foi Charlie Kimball, do time “B” da Ganassi. Charlie conseguiu seu melhor resultado até na Indy agora com o segundo lugar, disse que a prova foi divertida e está ansioso pela próxima etapa. Nada mal para Charlie, cuja estrutura de sua equipe não se equipara à da principal, da qual fazem parte Franchitti e Dixon.
Bem, é sempre legal ver as coisas diversificarem, seja na F1, na Indy, na Stock ou em qualquer categoria que seja. Bom para os times, para os pilotos e melhor ainda para o público, já que teremos a certeza de que nos finais de semana teremos boas disputas e nenhum nome certo para vencer as corridas. Eu já tinha até me esquecido de como era ligar a TV e não fazer idéia de quem iria ganhar uma corrida, a não ser na NASCAR, é claro. E daqui uns anos, poderemos dizer que “Em 2012 é que foi bom...”

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Surpresa !(?)



O GP de Silverstone seguia a tendência do mundial até o momento: Boas brigas, muitas ultrapassagens e pilotos mais dispostos a arriscar. Vide Felipe Massa, que após um bom tempo atrás de Schumacher, resolveu arriscar tudo, de forma espetacular, na curva Stowe, um lugar que a história marcou como um dos melhores pontos de ultrapassagem. Felizmente, as mudanças que afetaram Silverstone com o tempo não passaram por lá. A chuva prometida não viria mesmo, e Fernando Alonso optou por uma estratégia diferente: largar com pneus duros enquanto os outros líderes vinham com macios. Parecia que iria funcionar, afinal os macios não se mostraram os mais eficientes no circuito inglês, e Alonso construiu uma vantagem até certo ponto tranqüila sobre Mark Webber. Felipe Massa perdera o terceiro posto após o primeiro pit stop, e Vettel vinha sempre cerca de 3 segundos atrás de Webber, que não baixava de 5 atrás de Alonso. Mas aí os dois colocaram pneus iguais, o ritmo se igualou e ninguém sabia o que viria pela frente. Lá atrás, sempre eletrizante: Ultrapassagens, toques, pneus furados, gente jogando corrida fora, Schumacher voltando à sua forma, Bruno Senna escapando de confusões e indo para cima dos adversários. A Ferrari? Bem, essa mostrou que sua estratégia arriscada parecia ser a correta. E de repente até seria, se os pneus de Alonso tivessem durado um pouco mais no segundo stint e se a Red Bull não se mostrasse tão equilibrada no último trecho da prova. Alonso parou, colocou pneus macios e ainda voltou 5 segundos à frente de Webber. Se os pneus macios tivessem seguido a tendência do restante da temporada, Alonso teria levado fácil. Mas Webber veio, de forma espetacular, para cima. Claro que a briga durou algumas voltas, Webber sabia que poderia vencer e não quis deixar a oportunidade passar. Abriu a asa e Alonso lhe ofereceu o lado de fora. E foi por fora mesmo. Alonso ainda tentou dar o “X”, mas não teve possibilidade. Que final! Aliás, muitas corridas neste ano foram decididas com menos de 10 voltas para o final. E ainda tinha mais. Teve Bruno Senna e Nico Hulkenberg disputando de forma espetacular na famosa Stowe. Teve Kimi indo para cima de Massa nas voltas finais. Mais um GP daqueles, e uma ótima performance de Webber, nem sempre destacado pela mídia como ele merece. Aliás, você já reparou em Webber? Eu já. Em Valencia foram 14 posições da largada até a chegada. Ao lado de Alonso, venceu duas provas na temporada. E na maioria das vezes não é tido como favorito, e até mesmo sondado para deixar a categoria em breve. Seria uma pena um cara como ele longe da Formula 1, somente pelo fato de não ter o mesmo Marketing de Vettel e do celebrado Alonso, em quem já fez manobras de ultrapassagem fantásticas nos últimos anos. Mas, pelo menos para a grande imprensa, não tem nada de genial. Será que Fernando é tão superior assim? 

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Estranho, mas nem tanto



Os comentários sobre o acidente de Maria de Villota são quase todos iguais: O acidente foi estranho. Bem, a única coisa que acho estranho, é que não tenha acontecido nenhum acidente antes com alguma das equipes nanicas. Aliás, a forma como a FIA se porta diante de algumas situações, faz com que haja categorias diferentes dentro da Formula 1, e vou tentar justificar o meu pensamento.
Bem, eu gosto de um Grid grande, aliás quem não gosta? Mas isso não tem chance de funcionar na formula 1 com a disparidade orçamentária entre as grandes e as pequenas. Grid grande funciona em categorias como a NASCAR, a Indy ou até mesmo a nossa Stock, onde os carros são similares.  E não falo somente com relação às disputas, mas toda tecnologia que o esporte demanda. Isso ficou claro no acidente de Maria: inexplicavelmente o carro acelera sem o seu comando e vai parar debaixo de um caminhão. Verdade, equipamentos eletrônicos são falhos. Mas não existe nenhum tipo de fiscalização que previna isso? Imagine um acelerador funcionando sozinho durante uma corrida. Não preciso falar mais nada, ainda mais em se tratando do calendário atual, cheio de corridas de rua.
É impensável ver isso acontecendo com as equipes grandes, mesmo porque o orçamento lhes permite os melhores equipamentos do mercado. Aliás, orçamento é uma questão que tem causado muita discórdia (aliás, sempre foi assim). As grandes querem ter o direito de jogar os custos lá para o alto, enquanto as pequenas querem um orçamento mais equiparado. São obrigadas a fazer o máximo possível para sobreviver, e como todos sabem, corridas não são como há 40 anos, quando bastava-se um conhecimento básico em mecânica e punhado (não tão grande assim) de dinheiro para colocar um carro na pista. Hoje é necessário conhecimento em tecnologia aerospacial e muito, muito dinheiro para fazer um carro andar, no mínimo, entre os 15 primeiros, ou seja, fora da zona de pontos. E com um orçamento apertado, não é difícil ver um acelerador eletrônico funcionando sozinho, com uma piloto sem tanto orçamento tentando uma vaga mesmo em um carro inseguro, que durante as corridas pode causar um acidente pelo fato de estar lento na pista. Regra dos 107%? Virou piada, não precisa ser cumprida. É melhor colocar um comissário com grande nome para punir alguém em qualquer toque de corrida.
Outra questão é a segurança (não) exigida nos testes. Quando se fala em realizar um GP, os países postulantes têm que deixar a pista em condições fantásticas para receber a Formula 1, para evitar uma tragédia ao vivo. Não, não discordo disso. Eliminar os riscos durante os GP’s fez com que o índice de mortalidade caísse para zero na última década. Mas os testes não são realizados em locais tão seguros assim, como pudemos ver na terça-feira. Aliás, um caminho não deveria estar em uma área onde trafegam carros de Formula 1, mesmo que seja uma área para estacionar. Ficou provado que nessas condições sim, acidentes graves podem acontecer. Se tivesse sido apenas um muro ou uma placa de publicidade, o dano teria ficado só com o carro. Mas debaixo de um caminhão a história mostrou-se muito mais trágica. E quem estava ali para fiscalizar? Ou não é necessário evitar acidentes quando não há câmeras por perto?
Na época do acidente de Ayrton Senna, alguns disseram que os 8 anos que separaram a morte de Elio de Angelis da sua, haviam feito com que a Formula 1 esquecesse que ela poderia ser mortal. Entrou-se em uma zona de conforto que transmitia uma falsa segurança. Aí teve aquele final de semana e todos se comoveram, com duas mortes ao vivo em dois dias. A segurança evoluiu muito durante as competições, mas parece que nos testes ele não se faz tão necessária, mesmo que os carros sejam os mesmos (mesma potência, mesma eletrônica) que correm os GP’s no domingo. O acidente de Maria de Villota foi, em resultado, o pior acidente desde a morte de Ayrton, sem nenhum exagero de minha parte. Um piloto sair mutilado de um acidente é a segunda pior coisa que pode acontecer. E disso para uma morte, não falta muito. Espero que esses anos sem mortes não façam a FIA relaxar, para que assim a Formula 1 não volte a ser mortal.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Sem final feliz



Infelizmente, a carreira da piloto espanhola Maria de Villota, encerrou-se de uma forma triste. A piloto de testes da Marussia acabou perdendo o olho direito após o grave acidente sofrido na última terça-feira, durante teste em um aeroporto na Inglaterra. A equipe fazia testes aerodinâmicos em linha reta e o carro vinha falhando. Maria, então resolveu levar o carro para as garagens, e o bólido inexplicavelmente acelerou, indo para baixo de um dos caminhões estacionados. Embora a batida não tenha sido em alta velocidade, a cabeça de Maria bateu contra a parte traseira do caminhão de forma direta, tendo apenas o capacete para absorver o impacto. O capacete ficou seriamente danificado, o que mostrava que o impacto havia sido muito forte.
Maria foi levada em estado grave e com sérios ferimentos ao hospital em Cambridge, e ontem, dia 04/07, os médicos não conseguiram salvar seu olho direito durante uma cirurgia. Infelizmente, isso significa o fim da carreira da piloto de 32 anos, filha do ex-piloto Emilio de Villota. O quadro clínico de Maria ainda inspira cuidados, e muitos pilotos têm manifestado apoio.
Felipe Massa também manifestou apoio à espanhola, lembrando de seu drama pessoal em 2009, quando foi atingido por uma mola a quase 300 Km/h durante o treino classificatório para o GP de Hungaroring. Fernando Alonso, também espanhol, tem mandado inúmeras mensagens de apoio à Maria, cujo estado ainda é grave porém estável.
O caso de Maria lembra um pouco o de Helmut Markko, hoje um dos cabeças da Red Bull. Durante o GP da França de 1972, em Clermont Ferrand, Marko foi atingido na viseira por um pedregulho lançado por um dos carros que vinha à sua frente. Como as viseiras não eram tão fortes como hoje, a pedra acabou vazando seu olho, interrompendo por ali sua carreira como piloto.