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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O legado de Dan


E lá se vão 3 anos daquele trágico início de noite de domingo. Na volta 13 de uma corrida onde Dan Wheldon participaria apenas por ter vencido as 500 Milhas de Indianapolis. Uma corrida, aliás, vencida acidentalmente por um grande piloto que não estava correndo naquela temporada, e sim, desenvolvendo o chassis Dallara (posteriormente chamado de DW12 em sua homenagem) para a temporada seguinte. Um carro mais seguro e feito para evitar decolagens. E foi em uma dessas decolagens que tudo aconteceu.
Dan Wheldon era um caso raro no automobilismo. Amigo de todos os companheiros de trabalho, um tremendo bom caráter e piloto acima da média.Embora inglês, fez uma bem sucedida carreira no automobilismo americano. Campeão pela Andretti em 2005, venceu também a Indy 500 daquele ano. Depois disso, foi para a Chip Ganassi, onde não obteve grandes resultados, indo depois disso para a equipe Panther. Depois de 2010, deu uma pausa, voltando apenas para correr a Indy 500 de 2011, pela Bryan Herta Motorsports, onde venceria na última curva, após uma barbeiragem do líder da prova, J.R. Hildebrand, que curiosamente ocupava o cockpit deixado vago por Wheldon naquela temporada. Essa vitória credenciou Wheldon para correr em Las Vegas, onde teria a chance de ganhar um prêmio milionário. E todos sabemos o que aconteceu.
Em um dos momentos mais comoventes do automobilismo, ao receberem a notícia de que Wheldon havia falecido, os pilotos começaram a chorar e prestaram uma última homenagem, voltando aos seus carros e dando cinco voltas lentas pela pista, acompanhando o Pace Car, em uma corrida que não aconteceu mais.
Dan Wheldon acabou deixando um grande legado na Indy Car. O chassis desenvolvido por ele evitou duas mortes, mesmo após acidentes impressionantes. O primeiro ocorrido com seu grande amigo dario Franchitti, no final da temporada passada. Franchitti teve de encerrar a carreira, porém sobreviveu a um acidente impressionante, bem como o russo Mikhail Akeshin, que sofreu um choque violento em Fontana, e mesmo após algumas semanas no hospital, sobreviveu e está bem. As mortes infelizmente fazem parte do automobilismo. Ajudam a tornar não só o esporte mas também nossos carros de rua mais seguros. Mas deixam uma dor e uma saudade sem tamanho. Só não superam o tamanho do talento e carisma de Dan.


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