Ontem foi a vez de Lewis Hamilton e Fernando Alonso rirem mais alto. Sim, porque depois de não andarem mais do que algumas centenas de metros em Spa, viram os concorrentes ficarem pelo caminho em um circuito que exige equipamento mais do que na maioria dos outros GP’s. Para os dois isso pode ter soado como uma certa justiça, mas pela expressão de Christian Horner, as coisas não andam fáceis para a Red Bull. Depois de penarem durante todo o final de semana, ainda tiveram uma falha no carro de Vettel e viram Webber abandonar por questão de segurança. Este segundo, aliás, é quem mais tem sofrido, pois já foram duas trocas de câmbio em 3 corridas.
Jenson Button vinha no seu ritmo de sempre, e se não atacasse Hamilton, pelo menos o segundo lugar estaria garantido. Mas não deu, ficou pelo caminho e perdeu a chance de avançar na tabela, em um momento onde parece que McLaren é a mais forte (3 vitórias em 3 GP’s). Pode acabar vendo Hamilton se distanciar por azar, não por incompetência. Mas, como diria Juan Manuel Fangio, corridas são corridas. E de vez em quando alguém surpreende, como Sergio Perez, que depois de ouvir de Luca di Montezemolo que não está pronto para a Ferrari, passou Massa e Alonso como um foguete, sem tomar conhecimento. Mérito seu e da Sauber, que nesta temporada vem recuperando sua tradicional eficiência.
Mas o que mais me surpreende na Formula 1 é o jogo de cena da Ferrari. Não pelo que aconteceu na pista ontem, isso já era esperado, e nesse momento a coisa mais sensata a fazer para quem está disputando o Mundial de Pilotos. Mas achei interessantíssimo o fato de o carro de Felipe Massa passar a render agora que Alonso está bem na frente na tabela. E não é só isso: Ainda andou na frente a ponto de oferecer-lhe a posição. Não é estranho como um piloto recupera de repente sua capacidade? Montezemolo classifica o ano de Felipe como decepcionante e todo mundo afirma na Ferrari que “Ele sabe o que fazer” se quiser ficar por lá.
Dizem (imprensa e Ferrari) que a vaga de Felipe é disputada, quando na verdade eu duvido que alguém queira estar em seu lugar, como escudeiro de Alonso. Isso quem disse não fui eu, mas sim Jenson Button deu a entender há algumas semanas, quando afirmou “Que lamenta por Felipe Massa” e que “Só trabalharia com Alonso em um universo paralelo” e ainda que “Se Alonso pudesse, trabalharia sem um companheiro de equipe”. Isso mostra o porque Felipe talvez ainda esteja por lá. Ainda mais com os rumores de uma possível ida de Hamilton para a Mercedes abrindo uma vaga na McLaren. E quem trocaria a possibilidade de trocar para um time com disputa aberta por um de um piloto só? Talvez só o próprio Felipe, que sabe-se lá porque cargas d’água insiste em permanecer à sombra de Fernando.
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