Falando de Corrida

Novidades, lembranças e curiosidades do nosso esporte a motor

Powered By Blogger

domingo, 13 de maio de 2012

Williams, de volta ao topo



Muitas vezes a imprensa (e também nós fãs), cometemos o grande erro de considerarmos que um piloto só está com uma vaga em determinada equipe devido aos patrocinadores que conseguiu levar para lá. Muitos afirmaram que o fato de Maldonado estar na Williams foi por causa do patrocínio do seu país engordar o orçamento da necessitada equipe, que no ano passado viveu o pior momento de sua história. Mas desde o início da temporada, a equipe e seu piloto têm mostrado que não é bem assim.
Tirando o erro de Melbourne (onde muitos acreditaram que a Williams não teria chance de conquistar novos pontos na temporada), Maldonado (ou danado, como preferir), tem deixado muito cara grande de cabelo em pé, e hoje conseguiu provar mais do que nunca que merece seu posto no time de Grove. Sim, Maldonado conquistou seu lugar na Williams-Renault que não tinha a mesma força do passado, veio lutando por pontos e finalmente conseguiu algo que até sexta-feira parecia impossível, uma vitória inquestionável, assim como a pole de ontem. Mas a Pole não foi de Hamilton? Não, se ele tivesse o combustível necessário não teria conseguido aqueles décimos à frente de Pastor. Não é questão de vencedor moral, e sim de direito.
Hoje Pastor e a Williams mostraram uma sintonia que até então nenhuma equipe tem acertado com qualquer piloto que seja neste ano de 2012. Entrou nos pits sempre nos momentos certos, a ponto de o erro que custou cerca de 3 segundos no último pit stop nem sequer atrapalhar o venezuelano na pista, coisa que se a Lotus, por exemplo, tivesse acertado com seus pilotos, teríamos uma disputa mais acirrada. Mas acho difícil que alguém superasse Pastor Hoje, ainda mais depois de vê-lo negociar com os retardatários e segurar Alonso de forma magistral.
A vitória da Williams foi um belíssimo tapa na cara dos grandes, sempre chorando para a FIA e desperdiçando milhões em carros que não são capazes de muitas vezes subirem no pódio. Foi um tapa na cara dos chorões que reclamam dos carros e pneus (esses iguais para todo mundo). Serviu para esfregar na cara de muita gente que vitória vem do talento e da paixão de gente como Frank Williams, que viu sua equipe quase ir para o buraco por evitar que sua equipe perdesse sua verdadeira essência. E esse senhor de 70 anos, em uma cadeira de rodas que trabalhava junto com os seus mecânicos no início da equipe provou, mais uma vez, no dia em que a Formula 1 completa seus 62 anos, que automobilismo ainda é paixão. Vida longa ao velho Frank, e carreira longo ao jovem Pastor. E que eles possam nos dar mais vezes o que nos deram hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário