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domingo, 27 de maio de 2012

Indy 500 X Monte Carlo. Que boa briga!



Bem, acho que não sou o único a esperar ansiosamente pelo último domingo de maio. Aliás, por muitas vezes nos últimos anos, Indy 500 e Monte Carlo são disputadas no mesmo final de semana. E Monaco foi bastante equilibrada, como aliás a Formula 1 tem sido. Mas convenhamos, creio que falta um pouco de arrojo aos pilotos. Esperar que alguém tome iniciativa de tentar uma manobra mais agressiva às vezes me deixa entediado. Fico por mais de uma hora pensando “Agora vai”. E não vai. Aí vem um monte de gente dizer: “Ah, ele corre com a cabeça, não quer arriscar o campeonato...”. Aí o Felipe Massa finalmente dá sinais de que ainda pode fazer algo, e a Ferrari? Faz questão de que ele fique próximo mas atrás do Alonso, mesmo demonstrando um desempenho melhor. “Ah, mas o Alonso é líder do campeonato”, sendo que o campeonato está tão aberto que até o Kovolainen tem chances matemáticas de ser campeão. E fica aquele trenzinho de 6 carros, e o Galvão berrando que é a Formula 1 mais equilibrada de todos os tempos mas... E aí? Cadê o risco? Jim Clark e Ayrton Senna não são considerados os melhores por mendigarem pontos. Senna, aliás, perdeu várias corridas por partir para o tudo ou nada. Tudo bem, a corrida não foi das piores, temos o 6 º vencedor na sexta etapa e ninguém é favorito ao próximo GP e muito menos ao título. Sorte de Webber, que se torna o sexto vencedor na sexta etapa e está mais do que vivo no campeonato.

Vamos dar uma folga para a TV e ver como será a Indy 500.
Muita gente acha um saco corrida em oval, sem freadas e com centenas de voltas. Não sou muito fã de ovais, mas Indy 500 é Indy 500. Vexame dos carros com motores preparados pela Judd: Simona de Silvestro e Jean Alesi são desclassificados por estarem lentos demais. Gostei. Se na F1 isso fosse adotado, HRT e Marussia não ficariam atrapalhando quem está correndo de verdade. Afinal, a regra dos 107% não tem sido aplicada. Bom, voltando a Indianapolis, Franchitti está lá atrás, pouca gente acredita na Honda e parece que a Chevrolet vai dar um banho, como nas corridas anteriores. Aliás, James Hinchcliffe e Ryan Briscoe dominaram o início da prova. Mas Indy é Indy, e mesmo tendo problema em um pit stop, Franchitti vai para o pelotão da frente. Faltando menos de 20 voltas nada estava definido, e após uma bandeira amarela causada por Ed Carpenter, Tony Kanaan pula na ponta. Dessa vez Marco Andretti vai para o muro: Nova amarela e nova relargada, faltando menos de 10 voltas. 

Os 4 primeiros estavam muito próximos, e na relargada, Dixon e Franchitti assumem a ponto. Takuma Sato também passa Tony, e cola em Franchitti, que vai para cima de Dixon na volta de número 198. Franchitti passa e traz consigo Sato, que está determinado a vencer, sem se preocupar com os riscos. A manobra na curva 2, aliás, me lembrou uma corrida de 23 anos atrás, quando Emerson Fittipaldi foi para cima de Al Unser Jr. Mas Sato não teve a mesma sorte, e acabou indo para o muro. Paciência. Perdeu um segundo lugar. Mas quems lembra de algum segundo colocado na Indy 500? A vitória ficou, pela terceira vez na história, com Dario Franchitti, mais do que merecidamente.

Claro, não estou menosprezando ninguém. Mas quando Marco Andretti foi segundo, afirmou que isso não valia nada. E Sato deve concordar. Achei muito mais heróico o risco corrido. E com certeza, sua batida será muito mais lembrada do que um segundo lugar. Mesmo que tenha custado alguns pontos no campeonato. Automobilismo não é isso?

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