Falando de Corrida

Novidades, lembranças e curiosidades do nosso esporte a motor

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

De volta ao passado

Depois da Lotus do ano passado ter sido muito elogiada por causa da pintura (bem retrô e muito bonita, por sinal), muita gente resolveu adotar pinturas mais clássicas. Primeiro foi o Lotus Preto e Dourado (Na minha opinião o mais bonito da temporada), e agora a Williams também resolveu adotar uma pintura que lembra a da Williams com que Senna correu suas últimas corridas, inclusive o GP fatal em Ímola.

A pintura, na minha opinião, ficou muito bonita, ao lado das Lotus e da Ferrari (que eu acho linda com aerofólios brancos) dá aquele ar mais clássico às corridas. E para os saudosistas como eu, sim, faz toda a diferença!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cancelada


É triste mas é verdade: A etapa do Bahrein, que deveria ser de abertura do mundial de Fórmula 1, está cancelada. Foi uma atitude de bom senso, afinal ninguém está seguro em meio a revoltas populares, e com as crises se espalhando pelo oriente médio, é mais seguro mesmo que sejam evitadas idas desnecessárias para a região. Quem perde? Todo mundo, público, pilotos, equipes e até o tio Bernie, que não leva em conta realizar uma prova no inferno se pagarem bem. E isso me faz levantar uma velha questão: Vale a pena a Fórmula 1 procurar provas em lugares onde sobra dinheiro e falta estabilidade? São investidos milhões em autódromos enfadonhos onde se vê apenas um desfile de carros milionários (como agora acontece anualmente em Abu Dhabi), contando com profissionais despreparados (como em Cingapura) e corrridas incertas (como Coréia do Sul e o cancelamento no Bahrein). Bernie resolve colocar a corda no pescoço em GPs como Itália, Inglaterra e Brasil, critica a estrutura  das pistas tradicionais e busca renovação, mas não seria interessante levar o show em conta? Quando a Fórmula passou a procurar outros palcos, isso ainda na década de 80, acabou desembarcando em autódromos que já existiam e tinham traçados interessantes, como Hermanos Rodriguez e Jerez de la Frontera, que tem condições de receber uma prova mas  Barcelona é a escolhida ao lado de Valencia, das quais não podemos comentar muito. E agora tudo isso.
Lógico que quando há dinheiro em jogo, outras coisas não contam. Por isso provas na Índia, Bahrein, Malásia e outros países com tradição no automobilismo, tendem a afastar provas sem importância, como Silverstone, Monza e qualquer uma onde não se tenha petróleo suficiente para bancar a brincadeira. Brincadeira? Sim, pois para os governantes árabes, a Fórmula 1 não passa disso. Afinal de contas, depois que o mundo souber da existência de certos lugares, qual será a vantagem de se ter Fórmula 1 por lá?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Crise no Bahrein

Creio que assim como eu, muita gente está ansiosa para o dia 13 de março. Abertura de temporada é como um ritual, independente do horário, você está lá, na frente da TV para acompanhar a abertura do mundial e iniciar as especulações de como será mais uma temporada. Mas a primeira etapa não está tão certa assim de acontecer. Isso porque depois da crise no egito e da renúncia de Hosni Mubarak, o povo se levantou contra o governo de Hamad bin Isa Al Khalifa. A GP2 Asia achou por bem cancelar a etapa no país, e até quarta da semana que vem, a FOM, FIA e FOTA decidirão se irá ou não ocorrer a etapa no país. Uma pena, pois o traçado é um dos mais interessantes da Fórmula1 atual, mas se a situação permanecer como neste momento, será realmente impossível realizar a prova, onde o povo inclusive utilizar como protesto contra o governo. Além disso, já são dezenas de feridos e alguns mortos, e não estrutura para realização de uma corrida, afinal nem mesmo ambulâncias estariam disponíveis para a realização da prova, além da ameaça de ataques terroristas. É o preço que se paga para ter a Formula 1 em lugares, diria eu, exóticos.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Pitacos de pré-temporada

Bem amigos, após o hiato de fim de ano chega uma nova temporada. As notícias que chegam da Europa apontam que a temporada de 2011 promete muita emoção, mas aparentemente pressupõe que veremos um novo domínio da Red Bull. Faço um apanhado a seguir sobre o que julgo mais relevante:

- Kubica e o acidente “extra” F1:  Lamentável, assustador e possível. Com a limitação dos treinos é natural que cada vez mais pilotos passem a frequentar outras categorias e acidentes fazem parte da natureza do esporte. Esperamos que sua recuperação seja plena;



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Bruno Senna e Lotus/Renault: Este sim foi inteligente. Terá oportunidades de andar com o carro, de auxiliar no desenvolvimento e de observar como funciona uma equipe de grande porte. Eric Boullier, chefe da equipe, fez o certo e esperou o buzz. Se desse retorno, talvez Bruno até tivesse chances, mas o fato é que neste momento Heidfeld é o melhor piloto disponível, não só pela experiência mas por já ter testado com pneus Pirelli – e sabemos a importância destes no ritmo de treinos e provas;

- Na Ferrari, é cada vez mais evidente que Alonso é o cara. Os rossos foram os que mais testaram, como no ano anterior, mas Massa teve problemas. Aliás, fora o dos testes, ele tem toda a sorte de problemas, sejam de natureza internas ou externas. Resta a ele uma temporada sensacional, do contrário suas chances de manter-se entre os pilotos e equipes de ponta será severamente limitada;

- Na Mercedes as metas são cada vez mais arrojadas, mas parece que novamente o projeto não inspira grandes esperanças. O ano deve ser interessante para vermos o desempenho de Schumacher, agora sim adaptado e de volta à categoria que ele dominou por muito tempo...;

- Na RBR tempo firme e céu de brigadeiro...pouco a comentar, segue favorita;

- Quanto às inovações de asas móveis e o retorno do KERS, não me parece que haverá grandes mudanças de desempenho. Já na mudança de fabricante nos pneus, sim. Espero que isso traga mais ultrapassagens – se bem que o ano anterior foi interessante – e que Hermann Tilke não projete novos autódromos – isto sim seria uma alteração bem vinda.

Abraço à todos e que dia 13/03/2011 chegue logo!!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O preço da Paixão

Por volta de até metade da década de 80, era muito comum que pilotos de Formula 1 se aventurassem em outras categorias ou participassem de corridas importantes como a Indy 500 ou as 24 horas de Le Mans, e as equipes não faziam nenhuma objeção, afinal era até considerado interessante uma exposição maior no caso de um possível triunfo. Mas a partir de 1985 as coisas mudaram, principalmente após as 24 horas de Spa. Foi quando uma grande promessa da Tyrrell, o alemão Stefan Belloff, cujo talento era comparável ao de Ayrton Senna, se envolveu em um acidente na Eau Rouge e o carro pegou fogo. Stefan morreu, e as equipes começaram a restringir a participação de seus pilotos em outras competições. Compreensível e justificável, afinal se um piloto chega à Fórmula 1, categoria máxima do automobilismo, tem que pesar o que é mais importante, a carreira ou a paixão. Ontem ficou claro porque algumas equipes proíbem que seus pilotos não participem além do que corridas de kart e desafios menos perigosos.
Robert Kubica é um dos maiores talentos da Formula 1. Não é muito chegado à badalações, quer viver uma vida comum e curtir o que gosta. Ou que ama, como o Rali. Existe uma cláusula em seu contrato de que ele só pilota na equipe de Formula 1 se estiver livre para disputar competições de Rali. Acontece que por causa do fato de não querer abrir mão do Rali, Kubica provavelmente terá que abrir mão de uma temporada inteira de Formula 1, teve sorte de sair vivo (afinal o guard rail entrou em seu carro) e talvez perca alguns movimentos da mão. Até que ponto vale a pena se arriscar tanto? Claro, na Formula 1 existe perigo, mas muito menor e provavelmente, suficiente. Felizmente Kubica não corre risco de vida, mas a possibilidade de algumas sequelas nos preocupa. Não só pelo talento, mas principalmente pelo fato de Rober ser um dos caras mais legais e de maior caráter na Formula 1. Estamos todos torcendo para que ele saia dessa mais uma vez, como aconteceu na época da Formula 3, onde um acidente no trânsito o deixou com 18 pinos no braço, e Kubica voltou às corridas somente para vencer. E quem sabe ele resolva se arriscar menos.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O grave acidente de Robert Kubica

Na manhã deste domingo, no Rally Ronde di Andora, na Itália, o polonês Robert Kubica sofreu um grave acidente, resultando em múltiplos traumas na mão, ombro e perna direitos. O piloto dirgia um Skoda Fabia e cerca de 6 Km depois do início da primeira especial, Kubica bateu forte no muro de uma igreja. Pouco depois do acidente, houve temor de que Kubica tivesse que amputar a mão direita, mas felizmente a possibilidade foi descartada. Neste momento os médicos trabalham para manter as funções do membro, segundo o agente do piloto.
A cirurgia iniciou por volta das 14 horas e deve durar pelo menos até as 17 (horário de Brasília).
Vamos continuar torcendo para dar tudo certo e que a recuperação do polonês seja breve.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Carros 2011

Faltando pouco mais de um mês para o início da temporada, algumas equipes já apresentaram seus carros, e outras até já os colocaram na pista, como foi o caso da Williams, que com certeza irá colocar uma pintura de verdade até a estréia de verdade. Na briga das Lotus, até que o público saiu ganhando, já que com as duas pinturas temos muita coisa para lembrar...
Red Bull
Ferrari


Sauber

Toro Rosso


Williams

Lotus (A preta e dourada)

Lotus (Verde e amarela)

Mercedes

Bom, destaque para a Sauber, que depois de uma temporada nada discreta de Kamui Kobayashi conseguiu alguns patrocinadores e para as duas Lotus Renault que tem dois dos melhores visuais (falo das pinturas porque avaliar o desempenho mesmo, só depois que a temporada começar). Em matéria de design, nenhuma mudou tão radicalmente como a Mercedes, que levou muito pouco do carro do ano passado. Quem sabe não é o suficiente para um certo alemão de queixo avantajado voltar na briga...