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domingo, 31 de outubro de 2010

Histórias de Interlagos

Aproveitando a ocasião do GP do Brasil (que além de me fazer sentir orgulho por morar na cidade de São Paulo, também me gera tremenda expectativa), vou relembrar alguns grandes momentos de Interlagos. Que me perdoem aqueles que gostavam de Jacarepaguá (sim, sinto saudades dos anos 80 porém acho que Interlagos fez muita falta nestes anos), mas Interlagos foi palco de shows e histórias curiosas. Aliás, tudo começou lá, com uma prova extracampeonato em 1972, vencida justamente por um argentino! Ironia...


Mas, ironias à parte, o autódromo paulista nos traz grandes recordações. E embora eu não tenha vivido nessa época, gostaria de lembrar o GP de 75. Primeiro porque o vencedor, foi alguém que hoje dá o nome ao autódromo, e um dos grandes do automobilismo nacional, José Carlos Pace. O Moco (como era conhecido), foi uma espécie de Rubinho no começo de carreira, não tinha a mínima sorte. Rodas mal aparafusadas, suspensão que quebrava e aerofólios que não suportavam a pressão aerodinâmica foram alguns dos problemas por ele enfrentados ao longo da carreira na F1. Mas na tarde de 26 de janeiro de 1975 tudo foi diferente. Pace havia conquistado a sexta posição do grid, e o favorito era Emerson Fittipaldi, que largava em segundo e havia vencido a prova nos dois anos anteriores. Porém quem tomou a ponta logo no início foi o argentino Carlos Reutmann, que perderia a ponta logo depois para Jean Pierre Jarier. Enquanto isso, Emerson fazia uma corrida discreta, e Pace vinha bem, alcançando logo a quarta posição. E enquanto Reutmann ia para trás, Pace vinha para frente, e conquistava a segunda posição. Na volta 32 (naquela época o GP tinha 40 voltas, já que a pista tinha mais de 7 Km), A sorte apareceu para Pace. Jarier abandonou, e o Moco passou a ser o líder, seguido de Emerson.

A prova permaneceu assim, e o Brasil conquistou sua primeira dobradinha na Formula 1. Mas a torcida ficou dividida (tinha que ser no Brasil), e metade vaiava por torcer por Fittipaldi e metade aplaudia Moco. Vai entender o povo...

Mas o que ficou foi a lembrança de uma grande tarde, a saudade de um grande herói, e claro, muita história para contar!

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