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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Numerologia da sorte: Número 5, parte 2


Depois do triste fim da temporada de 1973 e da melancólica aposentadoria de Jackie Stewart, Emerson Fittipaldi deixou a Lotus magoado com o GP de Monza e seguiu sua carreira rumo à Mclaren. Deixou seu número 1 na equipe da JPS e herdou o número 5 de Jackie Stewart para estampar o carro da Marlboro. Acontece que a McLaren ainda não era um time considerado uma potência na categoria. Estava muito atrás de Lotus, Tyrrell e Ferrari, e muita gente se perguntava se Emerson havia feito a coisa certa. Dividiria a equipe com o campeão de 1967, Denny Hulme e com o piloto do time "B", Mike Hailwood. A abertura da temporada deu-se no circuito Orcar Gálvez, em Buenos Aires, e não começou muito bem para o brasileiro. A pole ficara com seu ex-companheiro de time, Ronnie Peterson, e em sua maior parte, a corrida fora dominada por Carlos Reutmann, o piloto da casa. Emerson teve problemas, desligou a ignição por engano e voltou para a prova, mas sempre no pelotão do meio. Após um problema com Reutmann, quase no fim da corrida, Denny Hulme assumiu a ponta e venceu, Emerson ficando apenas com a décima posição. Apesar do resultado ruim, dava para Emerson se animar, afinal o desempenho do time estava um pouco acima do que todos esperavam. 
A segunda prova era nada mais nada menos do que o segundo GP oficial do Brasil. Como era de se esperar, a pole foi de Emerson, e apesar da largada ruim, ele não demorou muito a reassumir a ponta. Emerson liderava com muita folga sobre o segundo colocado, Clay Regazzoni, quando a chuva apareceu. E por questões de segurança, o diretor de prova, Mario Pati, decidiu encerrar a prova por ali, causando protestos de Regazzoni, que de nada adiantaram.

Na prova seguinte, em Kyalami, Emerson não passou de um sétimo lugar, enquanto Rega sequer terminou a prova.  Na Espanha, dobradinha da Ferrari com vitória de Niki Lauda. Emerson foi o terceiro. Desenhava-se então qual seria a grande batalha daquela temporada. Emerson contra a Ferrari.
No belo circuito de Nivelles, na Bélgica, Emerson virou o jogo: Venceu e deixou Lauda em segundo, restando a Rega o lugar mais baixo do pódio. As Ferrari dominaram boa parte da corrida seguinte, mas uma quebra de Lauda tirou-lhe qualquer chance, enquanto a Regazzoni restava um quarto lugar, mas ao menos fechara a corrida na frente de Emerson, este encerrando na quinta posição. 
A Formula 1 seguiu para Anderstorp, na Suécia, onde Jody Scheckter dava à Tyrrell sua primeira vitória após a saída de Jackie Stewart. Aliás, Patrick Depailler completou a festa, emplacando uma dobradinha. Em terceiro, o jovem James Hunt, com Emerson na quarta posição. O resultado não foi de todo ruim para o brasileiro, já que Regazzoni e Lauda não completaram a prova. mas como nem tudo são maravilhas, ele teve que assistir, da terceira posição, uma dobradinha da Ferrari, mais uma vez com Lauda na frente. Para piorar, Emerson não terminou em Dijon, onde Lauda foi segundo e Regazzoni terceiro. Na Inglaterra Emerson consegui um bom segundo lugar, à frente das Ferrari, mas os dois piores acontecimentos estavam por vir: dois abandonos em Nürburgring e Zeltweg. Lauda também abandonou as duas provas, sendo que Regazzoni veneceu na Alemanha e ainda conseguiu 2 pontos pelo quinto lugar na Áustria. Lauda, aliás, não terminaria mais nenhuma prova naquela temporada.
E foi na casa da Ferrari que Emerson virou o jogo: Um segundo lugar e nenhuma Ferrari pontuou. Mesmo assim, Regazzoni chegou ao Canadá com 46 pontos, contra 43 de Emerson. Era agora ou nunca. E foi agora. Emerson bateu o suíço no Canadá. Os dois agora estavam empatados, faltando apenas uma prova para o final da temporada. E agora quem terminasse na frente seria o campeão.
E foi na reta de Watkins Glen que tudo se decidiu. Rega, costumeiramente um piloto duro (vamos dizer assim), empurra Emerson para um lado da pista. Emerson não se intimida e devolve a manobra que o materia na frente até o final da corrida. Regazzoni, com problemas, seria apenas o décimo primeiro. Emerson Fittipaldi era bicampeão, e ganhava mais uma vez o direito de utilizar o número 1 em seu carro. À Lotus, que atualmente ostentava o número, foi dado o direito aos números 5 e 6. 

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