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domingo, 10 de junho de 2012

Imprevisível


Mais um vencedor diferente em 7 provas no campeonato de Formula 1. Inédito em uma temporada cada vez mais imprevisível, onde a única coisa previsível são os erros da Ferrari. Exceto pelo erro de Felipe Massa que o jogou para o meio do pelotão, a Ferrari vinha dando sinais de brigar pela vitória mais uma vez com o espanhol Fernando Alonso. A disputa vinha sendo travada por Hamilton, Alonso e Vettel ao longo do GP, e era certo que a vitória ficaria com um dos 3. Hamilton, aliás, pilotou de forma rápida e eficiente ao mesmo tempo, sempre mantendo uma distância segura para Alonso não tivesse chance de utilizar o DRS, o que vinha dando resultado. Foi aí que a McLaren mais uma vez foi eficientíssima na estratégia, chamando Hamilton para os pits, em uma parada onde o inglês perdeu cerca de 2 segundos com um problema no pneu traseiro direito. Mas como seus adversários estava com os pneus bastante desgastados, ele alcançou Vettel e Alonso com incrível facilidade, ultrapassando-os e abrindo boa vantagem. A Red Bull ainda chamou Vettel e conseguiu diminuir o prejuízo, mas a falta de tato da Ferrari foi, mais uma vez, impressionante.
No momento em que Hamilton entrou nos boxes, Alonso estava colado à ele, e com um rendimento superior. Mas o time, ao ver Hamilton voltar muito rápido, decidiu deixar Fernando na pista, sem se dar conta de quantas voltas ainda faltavam para que o inglês pudesse tirar a vantagem. Pior ainda: Que time, em sã consciência, acreditaria que alguém de pneus mais duros e desgastados seria mais rápido ou pelo menos pudesse segurar um adversário em uma condição oposta em um circuito como Montreal?
A equipe teve uma volta para pelo menos garantir um pódio, que teria vindo com certa facilidade se Alonso tivesse parado e trocado seus pneus. Não era necessário nem telemetria e nem um diploma de engenharia aeronáutica para saber disso. É visto que o time tem evoluído um bocado tecnicamente, mas não adianta fazer um piloto andar forte se não der condições de mantê-lo na pista nos momentos necessários. A Ferrari parece ainda ser o mesmo time que jogou fora os campeonatos de 2008 e 2010 por frivolidades, e parece que continuará a fazê-lo. E se houvesse mais uma volta, Fernando teria caído para o 8º posto facilmente, pois era claro que seus pneus já estavam no osso.

Não há deméritos para a vitória de Hamilton. Ele pilotou de forma formidável, não cometeu um erro sequer e parece ter deixado para trás os erros do ano passado. Assumiu a liderança do campeonato e está em uma situação totalmente oposta ao companheiro Jenson Button, que tem tido um desempenho estranho nos últimos GP's. A Formula 1, aliás, é que está estranha sem favoritos. Não, não estou reclamando e estou até gostando de ver os grandes videntes do jornalismo falharem em suas previsões para cada GP. mas, convenhamos, está difícil saber quem está na frente porque é bom ou porque tem uma boa estratégia, ou qual o melhor carro, e ver gente como Button e Schumacher habitando o fundão também é incomum. Bom, para quem achava que a F1 estava previsível demais, esse ano está um prato cheio. E se eu tivesse que fazer alguma aposta, seria apenas nos erros da Ferrari.

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