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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Falando de Schumacher...



20 Anos de Formula 1 era algo inédito. Assim como quebrar o recorde dos 5 títulos de Fangio, o de 51 vitórias de Prost ou 65 Poles de Ayrton Senna. Michael Schumacher não é um piloto convencional. Fez sim, algumas besteiras no passado, como a batida em Damon Hill e a investida para cima de Jacques Villeneuve, coisas que ele provou posteriormente que não precisava, afinal venceu 6 títulos sem usar tais artifícios. Protagonizou boas brigas com Mika Hakkinen, adversário a quem mais respeitou nesses 20 anos. E foi em cima de Hakkinen que o alemão conquistou o mais merecido campeonato da história da Formula 1, um título que alguns não conseguiram (como Prost) e do qual Ayrton Senna abriu mão para ir para equipes que eram consideradas as melhores em determinadas épocas.

Schumacher já era campeão quando foi chamado para pilotar a Ferrari. O convite era arriscado para um piloto que ainda não havia se afirmado totalmente, afinal o título de 1994 foi conquistado de maneira suspeita por uma Benetton que por várias vezes burlou o regulamento. Schummy estava para vencer o título de 1995 na época, e a Williams possuía o melhor pacote. E conseguiu o campeão da Indy (Jacques Villeneuve) para pilotar um grande carro em 1996. A Ferrari havia evoluído com relação aos anos anteriores, era verdade. Mas apenas uma vitória em 1995 não fazia do time italiano o melhor lugar para um campeão estar. Enfim, a missão de Schumacher não seria fácil. E não foi.

1996 foi um ano dificílimo para Schumacher. Não havia maneira de disputar o título, o carro quebrava muito e não era rápido o suficiente. A Williams deu um banho, fez uma dobradinha com Hill e Villeneuve com um gosto de vingança sobre Schumacher. E quem conhece a Ferrari sabe que nos momentos difíceis, pilotar o carro vermelho pode ser uma cruz muito pesada. Schumacher assumiu até mesmo erros da equipe e lutou para desenvolver o carro. Deu certo, afinal chegou à última corrida de 1997 com chances de ser campeão, e fez feio na disputa com Villeneuve: jogou o carro para cima do canadense (como havia feito com Hill 3 anos antes), mas dessa vez levou a pior: acabou fora da corrida e foi excluído do campeonato pela atitude anti desportiva e ainda teve que ir a público pedir desculpas aos tifosi.

Em 1998 Schumacher enfrentou seu pior inimigo de novo: Adrian Newey, o mago da Williams, havia ido para a McLaren. Conclusão: Um carro fantástico nas mãos de u Mika Hakkinen extremamente motivado, e um título fácil para a equipe de Woking.
Em 1999 a Ferrari tinha um bom carro, e começou o ano com vitória, mas nas mãos de Eddie Irvine. Schumacher entrou na briga, e o campeonato parecia que finalmente estava mais perto. Mas em Silverstone Schumacher sofreu o pior acidente da carreira, quebrou as pernas e teve que ficar afastado durante um bom tempo. Pelo menos naquela temporada o sonho havia acabado, e a Ferrari completava 20 anos sem um título de pilotos.

Em 2000 a Ferrari estava decidida a vencer. Contratou Rubens Barrichello como escudeiro de Schumacher e fez um carro à altura do talento de Schummy. Mas o título não veio fácil, muito pelo contrário. Schumacher travou batalhas épicas com Hakkinen (como a histórica ultrapassagem que sofreu em Spa), contou com uma improvável vitória de Barrichello em Hockenheim, crucial para tirar pontos dos pilotos da McLaren. E chegou à Suzuka pronto para levantar a taça se vencesse. E venceu.

A imagem de Schumacher socando o volante valeu mais do que qualquer palavra. Ali Schumacher mostrou que era capaz de vencer sem trapaças, que sabia construir uma equipe campeã e que era um grande piloto.
Depois disso, Schumacher ainda conseguiu provar isso tudo quatro vezes seguidas, e nas dezenas de vezes em que subiu ao degrau mais alto do pódio. E provou mais uma vez domingo passado, após pilotar de forma magistral em Spa. Só faltou uma coisa: Schumacher dentro de um carro vermelho com um cavalinho estampado. Teria feito muito mais gente (+) feliz, inclusive eu. 

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