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terça-feira, 26 de julho de 2011

A alma do gênio


Dizem que o artista coloca a alma em sua arte. Neste caso, nenhuma alma venceu tantos títulos na Formula 1 como a de Sid Mosca. Além dos títulos de Emerson, Piquet e Senna, Sid ainda colocou sua alma em capacetes de outros campeões, como Keke Rosberg e Mika Hakkinen. Sid soube como ninguém criar a identidade perfeita para cada piloto, como a bola de tênis de Piquet (que não deixava Sid mudar nada ao longo dos anos) ou as linhas de Emerson Fittipaldi, que passaram por várias mudanças, sem contudo perderem sua essência, e que Sid considerava sua menina dos olhos.
A genialidade de Sid fez com que ele criasse também um dos carros mais bonitos da história, aliás, quem não se lembra do Comercial do carro da Hollywood, no final dos anos 90 que estampou os carros de Maurício Gugelmin e Felipe Giaffone na Indy? Pintura, aliás, que foi copiada por muitos pilotos em categorias de base aqui no Brasil.
Mas, talvez a maior façanha de Sid tenha sido com uma pintura que embora lendária, não tenha sido criada por ele. Foi no GP do Brasil de 1977, quando um incêndio durante os treinos arruinou a pintura do carro de Mario Andretti. Naquele tempo, não havia computadores para criarem adesivos em questões de minutos, nem peças sobressalentes o suficiente para recuperar toda a carenagem da Lotus. Foi aí que Sid entrou em ação: Desenhou, à mão, cada detalhe da pintura negra e dourada da JPS Lotus, e entregou à tempo de o carro largar em perfeitas condições.

Embora Sid tenha perdido sua batalha contra o câncer, sua arte será sempre lembrada através das imagens dos grandes campeões, levada veloz como vento a 300 por hora pelos autódromos ao redor do planeta, afinal, Sid não criou pinturas, e sim criou para os pilotos capacetes que serão lembrados, muitas vezes, mais do que seus próprios rostos.

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