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sexta-feira, 24 de junho de 2011

100 anos da lenda


Hoje faz 100 anos que nasceu um dos maiores gênios do automobilismo, senão o maior. Juan Manuel Fangio nasceu em Balcarce, Argentina, e ganhou o mundo 40 anos depois, na Europa. Fangio demorou para fazer sucesso no automobilismo. Começou a competir aos 17 anos, e foi o último colocado na primeira prova que disputou, a bordo de um Ford T. Seu primeiro pódio foi aos 28 anos, na mil milhas argentinas, e nos dois anos seguintes foi campeão Nacional Argentino. Em 1947 foi apoiado pelo governo Perón para seguir para a Europa, onde se tornaria uma lenda. Na temporada de abertura da Formula 1, Fangio venceu três provas e foi vice campeão pela Alfa Romeo, formando dobradinha com o italiano Giuseppe Farina. No ano seguinte, Fangio conquistaria seu primeiro campeonato. Em 1952, Fangio seguia para o GP da Itália quando após uma escala em Paris, foi informado de que o vôo não seguiria. Pegou um carro e dirigiu até lá, onde iniciou os treinos bastante cansado. Resultado: Fangio sofreu um grave acidente, fraturou o pescoço e não voltou a guiar até o ano seguinte, quando perdeu o título para Alberto Ascari. E foi o último título que Fangio perdeu (em 1958 não participou da temporada completa). Foi campeão em 54 e 55 com a não menos lendária flecha de prata, pela Ferrari e pela Maserati em 1957, quando realizou o maior feito de sua carreira (talvez do automobilismo), no GP de Nurburgring.

No circuito de 22 Km, Fangio teve um problema durante um reabastecimento, e caiu para trás. Sua vantagem de 30 segundos, acabou se tonando um déficit de 45. Ressalto que o argentino havia quebrado o recorde da pista durante os treinos. Mas o impressionante é que o próprio Fangio ainda quebraria o Recorde 9 vezes naquele final de semana, sendo 7 consecutivas. E foi na última das 22 voltas que o argentino consegui chegar nas Ferrari. Primeiro, Peter Collins. Em seguida, Mike Hawthorn, que queria vencer tanto quanto Fangio. Faltou pista. O argentino então usou a grama para colocar duas rodas e ultrapassar o inglês para vencer a prova, com 3 segundos de vantagem. "Nunca pilotei assim, antes nem depois", afirmava o argentino, ressaltando que ficou algumas noites sem dormir após o feito, que também o levaria ao quinto título mundial.

O recorde de 5 títulos seria quebrado apenas 46 anos depois por Michael Schumacher, mas sem uma fração do heroísmo de Fangio. no ano seguinte, o argentino abandonou o automobilismo. Por quê ? Ele mesmo explicou:
"Eu estava em Reims (1958), treinando para o GP da França, quando senti que o carro estava muito instável, o que me chamou a atenção porque a grande virtude da Maserati 250F era sua estabilidade. Então cheguei ao box e perguntei ao chefe de equipe o que se passava; ele respondeu-me:- Trocamos os amortecedores ! - Mas por quê?, perguntei. - Porque estes nos pagam! - Assim, naquele momento, tomei a decisão de encerrar a carreira. E não me arrependo disso!"
Fangio foi um caso raro, se retirando no auge. Além disso, conseguiu sobreviver em uma época em que segurança era uma palavra rara no automobilismo. O que além de tudo prova sua habilidade, afinal, pilotar nessas condições de forma tão impressionante, somente atesta o talento de Fangio, o maior de todos os tempos.

Um comentário:

  1. GRANDE JUAN MANUEL FANGIO , PENTA CAMPEÃO DE F1 , MERCIA UM BUSTO EM TODOS OS AUTÓDROMOS DO MUNDO.

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