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sábado, 22 de janeiro de 2011

André Ribeiro, 45 anos


Era para ter sido publicado no dia do aniversário, mas quis fazer algo mais elaborado, principalmente por se tratar de um dos meus maiores ídolos no automobilismo. Embora os brasileiros sofram de problemas de memória, não esqueço de alguém que conseguiu me prender na telinha nas tardes de domingo, principalmente no momento posterior à morte de Ayrton Senna.
André Ribeiro nasceu em São Paulo, em 18 de janeiro de 1966, porém estreou tarde no automobilismo, aos 19 anos. André era estudante de direito, e após assistir à uma corrida de kart em Interlagos, decidiu que queria correr. Na época, André era estagiário e usava todo o seu dinheiro para correr, o que mostra todo o seu comprometimento, aliás, uma de suas marcas registradas. Dois e anos e meio depois, com o apoio de Bruno Minelli, foi para a Fórmula Ford em 1989, correndo ao lado de pilotos como Rubens Barrichello e Pedro Paulo Diniz. André foi o melhor estreante, terminando a temporada em terceiro lugar. Em 1990, André foi para a Formula Opel, onde teve que retornar (assim como muitos pilotos que estavam no exterior), mas conseguiu aprender muito com o dono da equipe, Jan Lammers, campeão de Le Mans e ex-piloto da ATS na F1. Em 1991 André conseguiu uma vaga na equipe de Paul Stewart na Formula 3 inglesa, onde correu ao lado de David Coulthard e Gil de Ferran, que mais tarde seria um de seus grandes adversários nos EUA. Em 1994, desiludido com o futuro do automobilismo europeu, onde parecia que a poliítica superava o esporte, André vai para a Indy Lights, onde se destaca de maneira espetacular. Em maio, morre Ayrton Senna, e alguns pilotos brasileiros passavam a receber maior interesse na imprensa, que buscava um novo expoente. André venceu quatro provas e foi o vice da categoria, além de ser o estreante do ano, pela equipe Tasman. Conclusão: no ano seguinte, André seguiu com sua equipe para a IndyCar World Series, a categoria principal. André não fez feio, aliás, fez muito bonito: Nas 200 milhas de New Hampshire, André deu à Firestone, à Honda e à Tasman, a primeira vitória na categoria, após vencer praticamente de ponta a ponta. Foi o segundo brasileiro a vencer na Indy, em ano onde um verdadeiro exército brasileiro estava lá. André encerrou a temporada como destaque, e em 1996 como um dos favoritos. A consagração de André veio logo no início da temporada, na Rio 400. !0 anos depois de tantas tentativas, finalmente a Indy estava no Brasil. André, desde os treinos, mostrou que tinha chances de brigar pela vitória. Depois de uma prova cheia de acidentes, André fez o que todos esperavam desde o GP do Brasil de 1993, quando Senna venceu no Brasil pela última vez. Foi um momento único e inesquecível. André ainda venceu as 500 milhas de Michigan daquele ano, corrida que ficou marcada também pelo grave acidente de Emerson Fittipaldi. No ano seguinte, André sofreu com o péssimo carro da Lola, que a equipe resolveu trocar no meio da temporada. Deu certo: Após uma prova espetacular, André foi terceiro em Toronoto, e teve que abandonar em Michigan quando liderava por causa de problemas na transmissão. André ainda contou com outra decepção: Quando liderava em Fontana, última prova do ano, teve problemas de combustível.
André então se transferiu para a Penske, que construiu um péssimo carro. Na primeira prova do ano, André ainda largou na primeira fila, mas os problemas com o carro o impediram de uma temporada melhor. Largou também em terceiro em Milwaukee, e terminou a temporada com um acidente em Fontana. Para os fãs, uma péssima surpresa em 1999: André abandona a carreira no início da temporada, convidado por Roger Penske para iniciar negócios no Brasil. O sucesso de André tem sido grande nos negócio, e hoje gerencia a carreira de nossa Bia Figueiredo. 15 anos depois, ficou a saudade dos grandes momentos de André, que conseguiu preencher uma boa parte da lacuna que Ayrton havia deixado, tudo isso com muito talento, além de dois pôsteres autografados e com dedicatória, os quais não troco, não vendo e não dou. Valeu André!

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