E não estou falando da Lotus de Heikki Kovalainen. Estou falando da briga pelo título da Fórmula 1. Estou falando também da Fórmula 1 em geral. As últimas corridas mostram o renascimento de uma categoria onde há muito cobravam-se disputas por posições e por um título que geralmente já tinha um dono certo na metade do campeonato. Cingapura foi diferente. E reforça minha teoria de que circuitos que não são projetados por Hermann Tilke (por mais que ele tenha posto a mão, não foi ele quem desenhou a engenharia da pista) são onde há maior emoção. E apesar da vitória de ponta a ponta de Alonso, a corrida ficou longe de ser monótona. Na largada ele foi forçado por Vettel mas conseguiu manter a liderança. Felipe Massa, que largava em último, fez algumas ultrapassagens e foi para o box, tentar ganhar algumas posições através da estratégia. valeu a pena, ele acabou ganhando um pontinho, mas convenhamos, uma pouco de agressividade teria ido bem, embora Felipe tenha jogado a toalha, admitindo que não tem mais chances de brigar pelo campeonato. Mas quem se deu bem na história toda foi Mark Webber. Ele aproveitou a entrada do Safety Car na terceira volta, quando Vitantonio Liuzzi teve problemas e foi necessária a intervenção do carro de segurança. E Webber mostrou porque é o líder do campeonato. Não se comodou apenas com a estratégia, e fez ultrapassagens belíssimas, inclusive sobre Michael Schumacher, que aliás parece que realmente não se adaptou na volta à categoria, inclusive tomando um chega-prá-lá de Kamui Kobayashi, que logo em seguida bateu e foi seguido por Bruno Senna. O carro de segurança voltou, no momento em que Webber chegava em Rubens Barrichello. porém o australiano já havia herdado as posições de Jenson Button e Lewis Hamilton, e entrava definitivamente na briga pela terceira posição. Na relargada um momento decisivo para a prova e talvez para o campeonato: Enquanto Webber ultrapassava o retardatário Di Grassi, Lewis mais uma vez arriscou demais e tentou dividir a curva com Webber. Resultado: Assim como na Itália, Lewis perdeu a chance de ganhar bons pontos e permanecer colado em Webber, uma vez que estamos na reta final do campeonato. Acabou por aí? Claro que não! Robert Kubica teve um pneu furado e caiu de quinto para décimo primeiro. E deu seu show. Com pneus novos, passou por Petrov, Massa, Hulkenberg e Sutil sem cerimônia, enquanto os 4 mantiveram o trenzinho que já havia durado quase a prova toda. E Vettel e Alonso? Trocavam voltas rápidas e permaneciam colados. Ninguém sabia o que iria acontecer, e enquanto passavam pelo carro de Kovalainen que ardia em chamas na reta dos boxes (aqui vale uma observação: mesmo com mais de 30 anos de Fórmula 1, Galvão Bueno acha que Kova tinha que entrar nos boxes com o carro pegando fogo...), dando mais brilho à noite em Singapura. A briga dos líderes durou até a ultima curva, com Alonso cruzando apenas dois décimos (!) à frente de Vettel. Resultado final:
1- Fernando Alonso (Ferrari)
2- Sebastian Vettel (Red Bull/Renault)
3- Mark Webber (Red Bull/Renault)
4- Jenson Button (McLaren/Mercedes)
5- Nico Rosberg (Mercedes)
6- Rubens Barrichello (Williams/Cosworth)
7- Robert Kubica (Renault)
8- Felipe Massa (Ferrari)
9- Adrian Sutil (Force India/Mercedes)*
10- Nico Hulkenberg (Williams/Cosworth)*
*Punidos por cortar a chicane
Com esse resultado, Webber ampliou para 11 pontos sobre o segundo colocado, que agora é Fernando Alonso. E agora, quem tem coragem de criticar a Ferrari pela decisão na Alemanha?
Olá André, tudo bem?
ResponderExcluirParabéns pelo blog. Dei uma passada e gostei muito do que vi. Tanto os textos quanto o visual estão muito bons. Parabéns e sucesso!
Sobre automobilismo, gosto muito de categorias de formula e é uma pena que no Brasil estamos carentes de boas categorias tanto em qualidade e quantidade, quanto acessibilidade aos bons pilotos iniciantes que ficam sem opções para iniciar no automobilismo.
De qualquer maneira a Stock Car tem crescido bastante e se firmado como uma categoria muito forte e se tornado objetivo principal dos "moleques" que saem do kart, porém é a unica opção para o automobilismo nacional, o que é muito pouco para um país com tanta tradição e talentos naturais como o nosso.
Grande abraço.