Ainda não sei se por parcialidade, ignorância, preguiça ou
tendencionismo. Mas fato irrefutável é que que a mídia especializada não resgata a história como deveria. Nas últimas semanas, vários sites e
jornalistas (alguns renomados) deram uma notícia para lá de errada: De que Bia
Figueiredo seria a primeira mulher a pilotar na Stock Car Brasileira. A
afirmação nos faz levantar duas questões. Primeira: Esses jornalistas realmente
sabem sobre o que estão escrevendo? Segunda: É tão difícil assim realizar uma
pesquisa, justamente na era da informática? Ora, se de nossas casas temos tanto
acesso aos fatos, eles, com todos os mecanismos e fontes possíveis, não são
capazes de resgatar a história real?
O fato é que, 30 anos atrás, uma jovem de 24 anos e
recém-mamãe, enfrentou preconceitos, dificuldades e falta de segurança de uma
época em que Stock Cars eram realmente Stock Cars: Carros produzidos em série
que eram ligeiramente modificados para oferecerem mais potência do que
segurança, em grids que eram maiores do que os atuais. Ela enfrentou na pista
nomes como Ingo Hoffmann, Paulo Gomes, Chico Serra, Reinaldo Campello e outras
feras, teve que ir à delegacia para garantir seu direito de correr e disputou parte
daquela temporada conforme a verba permitiu.
Regina Calderoni enfrentou todas as dificuldades possíveis,
permaneceu por 7 anos disputando as principais categorias nacionais, provas como
a Mil Milhas sem nunca perder a motivação e a alegria de estar em um carro de
corrida. Metia a mão na graxa com gosto, demonstrava um profissionalismo acima
da média e não deixava espaço para machismo e fofocas, que por vez e outra surgiam, só para manter o
costume. Muita luta para ser esquecida, não?
O fato é que Regina até hoje não conquista somente fãs, mas
amigos e admiradores, que se impressionam não só pela sua história, mas por sua
personalidade marcante e espontânea. E foram justamente esses eternos fãs que
fizeram barulho e escreveram aos “jornalistas” exigindo que seu erro fosse
corrigido. Isso trouxe à tona outro fato: Fernanda Parra também disputou a
Stock Car, embora não na categoria principal, ao contrário de Regina. Foi um
simples erro ou mais uma tentativa de fazer oba oba???
Bem, se a mídia se esquece dos fatos que interessam de
verdade, pior para eles. Continuarão fazendo da Stock a categoria “onde corre o
filho do Galvão”, Formula 1 “onde corria o Ayrton Senna” e automobilismo um
esporte que não leva público “porque o ingresso é muito caro”. Então cabe a
nós, não profissionais, darmos o merecido crédito e parabenizarmos Regina
Calderoni pelos 30 anos de sua conquista! Parabéns Rê, o mérito é todo seu!
Meus sinceros parabéns pelo texto. Concordo plenamente com ele e como você também lamento o posicionamento (deveria dizer conhecimento?) de alguns jornalistas de hoje.
ResponderExcluirNós do Esporte a Motor procuramos e procuraremos sempre apoiar textos como o teu.
Abraços.
A História já está escrita e não pode ser alterada, acredito que a Bia, uma pessoa excepcional, vai saber reconhecer esse erro!
ResponderExcluirA História já está escrita e não pode ser alterada, acredito que a Bia, uma pessoa excepcional, vai saber reconhecer esse erro!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirInfelizmente somos um paizinho desmemorizado.... não se planeja o futuro, não se preserva o passado... felizmente existem ainda pessoas aqui e acolá que resgatam estas preciosidades de conhecimento, para que possamos passa-las as gerações futuras... Parabéns Regina.... sou teu fã mais ainda agora..!!
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