Antes de falar sobre a despedida da categoria máxima do
esporte a motor no calendário de 2013, quero agradecer a oportunidade de poder
fazer parte do time deste conceituado blog.
Sempre busquei um espaço para poder expressar minhas
opiniões, emoções e ideais sobre a minha maior paixão, porém, nunca encontrei
um espaço tão imparcial e sem vínculos ou interesses maiores para fazê-lo.
Até ontem, como leitor, crítico e fã do Falando de Corrida
eu tinha um espaço para encontrar amigos das pistas e com eles debater sobre
qualquer assunto ligado ao universo do automobilismo e isso por si só já me
fazia feliz, mas hoje, como colaborador direto do blog, me sinto mais à vontade
ainda para compartilhar e aprender com
vocês leitores, que como eu vivem e amam este assunto.
Ao mesmo tempo em que estou entrando no Falando de Corrida,
vemos a F1 se despedindo em 2013 e deixando para trás alguns fatos que marcaram
os fãs por todo o mundo e é sobre alguns deles que pretendo falar neste artigo.
Para quem não é alemão, esta temporada se mostrou um tanto
quanto monótona, exceto por alguns incidentes e punições que mostram o quanto a
Fórmula 1 e suas regras podem engessar a emoção tanto de pilotos quanto de
espectadores.
Mas durante a temporada, vimos também cenas que reacendem a
chama humanista que a tanto tempo não presenciamos e que devem ser consideradas
não só como uma afronta aos dogmas e regras impostas pela Federação
Internacional do Automóvel e suas afiliadas mundo a fora, mas também como
amostra de que apesar de toda tecnologia embarcada em um bólido(que mais parece
uma nave espacial, que praticamente se guia sozinha), existe um ser humano por
trás do volante, que ainda controla aquela cavalaria toda.
Quem aqui não relembrou da carona que Senna pegou na
Willians de Mansell em 91 quando viu Mark Weber sentado na Ferrari de Alonso em
Cingapura?
Sim, naquele momento vimos dois ícones do “moderno” esporte
a motor deixarem claro quem é que manda no espetáculo e que o coração fala
muito mais alto que as vontades dos Bernies e Charlies da vida.
Zerinhos ao fim do GP?
Por baixo daquela fumaceira toda, o que vejo é mais uma vez
a vontade humana de se sobressair sobre a máquina, demonstrando que o carro vai
para onde o piloto manda e não para onde a equipe ou a organização quer?
Por favor, não confundam vontade humana com rebeldia ou
anarquismo, até porque sabemos que existem regras que vieram para trazer mais
segurança ao espetáculo e se hoje em dia não precisamos lamentar mais mortes de
grandes pilotos como Senna é em partes responsabilidade delas.
Só que algumas vieram e se instalaram por interesses
obscuros e fora do contexto da competitividade e com os anos o que vemos é a
Fórmula 1 tentar recuperar um pouco da emoção...
Algumas tentativas propositais como o DRS, o Kers (o
primeiro realmente trouxe um pouco de emoção as tentativas de ultrapassagens) e
outras nem tão propositais assim como a incerteza de término de corrida que os
mal projetados pneus Pirelli trouxeram à
tona durante algumas etapas.
Muito mais do que uma simples despedida, Mark tirando o
capacete ao término da prova, foi uma amostra de que existe um piloto atrás da
máquina e um puxão de orelha para aqueles que organizam o espetáculo, um puxão
de orelha que diz que a categoria máxima do automobilismo só voltará a ser tão
emocionante como em outrora foi a partir do momento que as inovações forem
pensadas para o condutor e não somente para o conduzido.
Quem sabe a resposta esteja mais próxima do que imaginamos e
a inovação na verdade seja uma reinvenção na qual tenhamos alguns itens
revisitados e estudados.
Será que o retorno do câmbio manual seria tão ruim assim?
Obviamente representaria um retrocesso tecnológico, mas,
talvez também um progresso na emoção. (tanto dos espectadores quanto dos
pilotos que teriam que reaprender a guiar e com isso surgiriam novos desafios)
Enfim, são com devaneios assim que este que vos escreve se
apoia para continuar sonhando com uma Fórmula 1 melhor.
No geral, falando ainda sobre esta temporada, mérito do
alemãozinho Vettel, que soube como ninguém usar seu equipamento e com uma
regularidade ímpar quebrou recordes e de uma vez por todas escreveu seu nome
nos anais da F1.
Ano que vem será veremos um Felipe mais “solto”? um Kimi
desafiando e elevando o nível do espanhol Alonso?(que talvez por falta de
equipamento ou excesso de conforto como primeiro piloto tenha se acomodado no
cockpit de sua Ferrari) e talvez até mesmo alguém tentando quebrar o domínio da
RBR e seus carros perfeitamente equilibrados ?
A volta do motor V6, promete sacudir um pouco as coisas,
trazendo novos projetos, novos acertos e exigindo novas habilidades dos
engenheiros e pilotos.
E você? O que achou desta temporada? Sonha com algo melhor
para a F1 ou está bom do jeito que esta?
(se você for da terra do Vettel ou do Schumacher, com
certeza faz pelo menos uma década que você não tem do que reclamar).
Por Adriano Lima
Legal! Claro, conciso e coerente!
ResponderExcluirPoxa Orlandão...obrigado pelo apoio!
ExcluirLogo, logo tem outro!
parabéns Dri!!! Adorei o texto!
ResponderExcluirQue bom que gostou...logo, logo têm outro!
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