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terça-feira, 30 de julho de 2013

Bird Clemente no top 50 da Autosport


Sabe, nunca fui um cara muito chegado à essas listas de revistas especializadas. Há um quê de parcialidade com relação a pilotos locais, grandes ídolos que dão manchetes e por aí afora. mas na semana passada, uma lista da Autosport me chamou a atenção: A dos 50 pilotos mais talentosos da história que nunca chegaram à Formula 1. Apesar de a lista conter os nomes de alguns pilotos ingleses que pouco conhecemos (talvez tenham sido realmente talentosos mas só ficaram conhecidos por lá) e ausência de gente como Tony Kanaan , Hélio Castroneves, Tommi Makinen e Dale Earnhardt só para citar alguns grandes que nunca correram lá, o 49º nono colocado é um piloto de que pouco se houve falar até mesmo no Brasil: Nosso grande Bird Clemente. O nome de Bird não me chamou a atenção pelo fato de ele ser considerado um dos 50, muito pelo contrário. nas décadas de 60 e 70 ele foi um dos nossos grandes pilotos, foi nosso primeiro piloto profissional, já que seu primeiro emprego foi como piloto da equipe Vemag chefiada por Jorge Lettry, o que levou a outro emprego com salário alto: foi pilotar para a Willys sob o comando de Luis Antonio Greco. Bird, aliás, foi o único dos grandes a não partir para uma carreira na Europa. Seus adversários por aqui foram ninguém menos do que José Carlos Pace, os irmãos Fittipaldi, Luiz Pereira Bueno (todos estes com passagens pela F1) e Chico Lameirão (outro que também não me surpreenderia se estivesse na lista, afinal chegou a disputar a Formula Ford na Inglaterra). Bird ficou por aqui e ao lado do irmão Nilson venceu, em 1973, os 500 KM de Interlagos e as Mil milhas brasileiras. Sua carreira marcou uma das fases mais áureas do nosso esporte, e graças à fraca memória do povo brasileiro, tem por aqui o reconhecimento somente daqueles que acompanham o esporte.
O surpreendente é que Bird foi reconhecido em um país onde não tentou carreira, e ao contrário da maioria dos outros integrantes da lista, não possui nenhuma grande conquista de caráter Internacional. Ver seu nome em uma lista onde consta gente como Sébastien Loeb, Tom Kristensen, AJ Foyt e Al Unser Jr., mostra o quanto Bird foi importante para nossa história. E o quanto a história do automobilismo nacional tem influência lá fora. Pena que hoje não estejamos em condições de criar novas lendas como Bird, mas tomara que possamos fazer com que nosso esporte volte a ter a força e o prestígio de outrora.

Abaixo, como a revista descreveu Bird:


E para quem ficou curioso em conferir a lista completa:


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