Falando de Corrida

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domingo, 14 de abril de 2013

Varrendo tudo



Enquanto na Formula 1 é motivo de orgulho dos torcedores vencedores diferentes de uma prova para outra, na NASCAR isso praticamente é uma regra. Dificilmente o cara repete uma vitória em menos de três corridas seguidas, e quando o faz, significa que está em uma boa fase. E é o que está ocorrendo com Kyle Busch. Ele já havia iniciado bem a temporada ao vencer o Budweiser Duel 2, em Daytona pela Sprint Cup, mas foi na Nationwide que ele iniciou um grande domínio, a partir de Phoenix. De lá para cá foram nada mais nada menos do que 3 vitórias em 5 etapas, nada mal para uma categoria tão competitiva. Porém, Buschinho estava com uma fama não muito agradável, pois muitos diziam que ele deixava para vencer no sábado e se esquecia de correr no domingo. Bem, nas últimas 3 corridas não foi o que vimos. De Las Vegas até agora, Busch foi Top 5 em todas as etapas, e fez questão de repetir na Sprint, em Fontana e Fort Worth, o desempenho da Nationwide, sem dar chance aos adversários. Na proiva de ontem, Kyle largou na pole e esteve sempre entre os primeiros, mas na parte final parecia que Mrtin Truex Jr. O deixaria em segundo plano. Foi quando uma bandeira amarela a 19 voltas da quadriculada levou os líderes aos pits. Sua equipe trabalhou muito bem e o devolveu à pista na liderança, o que foi comemorado como um gol pelos mecânicos. Pudera. Afinal, nos difíceis pit stops da NASCAR, é muito mais fácil ver equipes derrubando os pilotos. A partir da relargada, Busch somente administrou a corrida e venceu fácil, a exemplo do que havia feito na sexta-feira.

O fato é que Kyle entrou naquela fase onde um piloto se acostuma a vencer. Nas duas primeiras provas que valeram pontos para a Sprint (Daytona 500 e Phoenix), Kyle simplesmente não decolou, não ficou nem mesmo entre os 20 melhores e para muitos ele era piloto somente para a Nationwide. Agora é diferente. Está em seu momento, aquele em que o piloto entra no carro e sabe que se tudo ocorrer bem, irá vencer, e não somente conquistar pontos. Somente ele e o multicampeão Jimmie Johnson repetiram vitórias nessa temporada, e embora o ano ainda esteja no começo, podemos esperar uma grande temporada. E pelo fato de ainda estarmos no começo, ainda podemos esperar uma reação de pilotos como Brad Keselowski e Jeff Gordon, a quem a sorte não tem ajudado nesse início de temporada. Ou seja, a temporada ainda vai pegar fogo, mais do que o tênis do mecânico de Matt Kenseth. Buschinho que aproveite sua fase e engate mais vitórias, porque quando alguns iniciarem a reação, aí o bicho vai pegar.

terça-feira, 2 de abril de 2013

O outro sueco da Lotus


Houve um tempo em que pilotar na Formula 1 exigia algo diferente de bons patrocinadores. Claro que desde que Colin Chapman resolveu estampar o vermelho e dourado da Gold Leaf em seus Lotus, estes se tornaram primordiais, mas, acredite, talento já contou muito para se obter um cockpit. E se Chapman era genial como construtor, gostava de arriscar colocando novos talentos atrás do volante. Assim chegaram à F1 pilotos como Mario Andretti e Emerson Fittipaldi, e um hoje praticamente desconhecido Gunnar Nilsson.
Nilson estreou na F1 no GP da África do Sul de 1976, substituindo o compatriota Ronnie Peterson, que havia se desentendido com Chapman após Interlagos. 3 GP’s depois, Nilsson obtia o primeiro pódio, no GP de Jarama, com um terceiro Lugar, posição que repetiria no GP da Áustria. No final do ano, terminaria o campeonato em 10º, a despeito de sua inexperiência e do mau desempenho da Lotus.

No ano seguinte o carro melhorou, e os pontos começaram a vir com maior frequência, até que na 7ª etapa, na encharcada pista de Zolder, Nilsson obteve sua primeira vitória, além de marcar a volta mais rápida da prova. Porém, à medida em que o ano transcorria, ele era atacado por fortes dores de cabeça. No GP da Inglaterra ele conquistaria seu último pódio, atrás de Niki Lauda e James Hunt, naqueles que também seriam seus últimos pontos. Ele também não terminaria mais nenhum GP até o final do ano, quando se retirou para tratar as dores de cabeça. Ele havia assinado um contrato para correr com a Arrows no ano seguinte, já que Peterson voltaria a pilotar pela Lotus.
Após exames, as notícias foram desanimadoras para Nilsson: as dores de cabeça eram resultado de um câncer nos testículos, àquela altura já com poucas chances de sobrevivência. Ele se retirou das pistas para tratar a doença no Hospital Chaning Cross em Londres, um dos mais conceituados do mundo na área de Oncologia. Afastado das pistas, era homenageado pelos companheiros de profissão, como Mario Andretti, que dedicou à Nilsson a vitória em Zolder (palco da vitória do sueco na temporada anterior). 

Já debilitado e com aparência frágil, aparecia no paddock para acompanhar uma corrida ou outra, ao lado do amigo Ronnie Peterson, o qual tragicamente morreria em consequencia dos ferimentos causados por um acidente na largada do GP de Monza. Naquela semana, Gunnar apareceria em público pela última vez, carregando o caixão de Ronnie. Um mês depois, pouco antes de completar 30 anos, Gunnar Nilsson perdia sua batalha contra o câncer.
Um ano depois de sua morte, sua mãe fundou o "Gunnar Nilsson Cancer Foundation", para o qual também deixou toda sua fortuna como herança. O instituto hoje é um dos mais fortes da Suécia. Atualmente, o câncer do qual Gunnar foi vítima, tem cura em 90% dos casos, inversamente proporcional aos 10% da época em que ele faleceu.
Gunnar só é lembrado hoje por quem realmente estuda a história da F1. Se perdeu no tempo  em meio à tantos outros nomes, de maneira injusta, já que seus resultados na época de hoje seriam considerados excelentes para alguém que tivesse o mesmo tempo de carreira. Felizmente, seu legado pode ser visto na forma do instituto, muito mais importantes do que os números de sua carreira.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sem novidades

Loeb não é piloto de brincadeira. Como se não bastasse o que já venceu no Rally, e depois de terminar em 2ºcom um protótipo independente em Le Mans, chegou impondo respeito também na GT. O que será que esse francês faria com um F1 nas mãos?