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terça-feira, 3 de maio de 2011

A Indy e o Show


Tenho que admitir: O americano sabe fazer um espetáculo. E respeita o público. Quem já assisitiu ou trabalhou em um GP de Fórmula 1 e um da IndyCar, sabe do que estou falando e vai me dar razão. Foi realmente um show para o público, desde o desfile de pilotos (muito mais próximos do que da F1) até os caças ao final do hino nacional (apesar da escolha do "cantor"), o público teve diversos espetáculos, que acabou com uma boa corrida, apesar de infelizmente São Pedro não colaborar muito com os paulistas. A corrida foi muito boa apesar de ter sido interrompida por 17 horas. Takuma Sato deu um belo show, e se a equipe não tivesse escorrigado na estratégia, ele poderia ter levado o Gp com uma certa facilidade, já que estava voando na pista. Uma pena, pois o simpático japonês estava merecendo, após um grande final de semana. Will Power uniu competência, talento e um pouco de sorte, afinal sua suspensão não aguentaria muito mais do que algumas voltas.

Infelizmente os brasileiros acabaram sem chances, principalmente Helinho, Tony e Vitor Meira, que acabaram ficando logo no início e se beneficiaram do adiamento para voltar e pelo menos garantirem alguns pontos, e o prejuízo acabou sendo menor, principalmente para Tony, que está entre os líderes do campeonato. Bia Figueiredo sofreu com a mão e ainda acabou abandonando, e Raphael Matos não teve equipamento para lhe proporcionar muita coisa. mas tudo bem, a gente entende, fica para a próxima!

Valorizando o lado humano



Muitos criticaram o fato de a corrida ter ficado para a Segunda Feira e acharam um desrespeito com o público e etc e tal, mas realmente faltou culpa e sobrou razões para que isso acontecesse. Para quem não sabe, estes carros foram projetados em 2002, uma época em que a Indy nunca havia andado em circuitos mistos e muito menos com chuva, foram projetados para ovais, e embora tenham sido adaptados, não é a mesma coisa, foram projetados e concebidos para outro fim. E o que caiu domingo não foi chuva, e sim uma tempestade. Achei a decisão muito acertada, afinal, muita gente criticou a direção de prova da Copa Montana na fatídica prova de Interlagos, que só foi interrrompida após o acidente de Gustavo Sondermann. Na Indy é diferente. Os pilotos são ouvidos e as condições analisadas, e embora comercialente o cancelamento possa ser considerado um desastre, prefere-se evitar um desastre na pista. Agora eu pergunto: Há algum erro nisso?

Críticas ao evento

Àqueles que não realizaram nem apoiaram (falo de redes de TV), restou criticar. Como pode um evento atrapalhar o trânsito da cidade e ser permitido? Bem, a Fórmula também atrapalha o trânsito, bem como a Stock Car, e a rede que as transmite nunca reclamou, além de aproveitar a morte de Sondermann para expor as insatisfações do filho de um narrador, ao invés de buscar uma solução na segurança. restou à eles achar um absurdo bloquear o trânsito em parte da marginal, sendo que já tive que chegar ao trabalho atrasado por causa de filmagem de novela. E eles nunca levaram esses transtornos ao ar no SPTV. Lamentável, mais uma vez.

Mais perto de todos


Quem ama automobilismo e nunca quis chegar perto dos carros? Pois é, não existe, e Indy permitiu isso muito mais do que outras categorias. Para quem trabalhou na corrida (como foi meu caso e de toda equipe de sinalização da qual faço parte, a ISR), a visitação foi um prato cheio. Não teve aquela programação chata com hora marcada, pelo contrário, enquanto não havia programação na pista pudemos circular livremente nas garagens do pavilhão do Anhembi, conversar, pegar autógrafos e tirar fotos com os pilotos (em sua grande maioria muito receptivos e simpáticos) e acompanhar o trabalho dos mecânicos (abaixo, Pedro Mueller e Vinícis Rebello, comissários da ISR, ao lado de Tony Kanaan, autografando um modelo de radio controle).

E quer saber? Isso não atrapalhou o trabalho de ninguém e demonstrou o respeito que os americanos têm por todos os envolvidos no  evento, o que não acontece nem mesmo nas maiores categorias nacionais (o que não é o caso da Itaipava GT, onde equipes e pilotos recebem à todos muito bem). Resumindo, nenhuma frescura e um ambiente de pura festa, do jeito que o automobilismo tem que ser.

Por último e não menos importante...



A  etapa da GT na rua foi um espetáculo. Ultrapassagens, trocas de líderes, e aquele som fantástico dos motorzões (Ferrari, Maserati, Chevrolet Corvette, Lamborghini, Viper...) foi de enlouquecer, e quem passava nos ônibus ao lado da reta da Marginal se pendurava para poder ver pelo menos um pouquinho, com celulares e câmeras para poder tirar pelo menos uma fotinho. E melhor ainda foi para Pedro Queirolo, que não deu chance para o azar e nem para os adversários, levando duas vitórias no final de semana. E para nós sabe o que ficou? Aquela sensação de fim de festa, quando você tem que voltar para casa depois de ter se divertido como nunca... Mas ano que vem tem mais, se Deus quiser!




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