Em entrevista ontem, dia 26, Alonso afirmou não ter medo de dividir a equipe com Sebastian Vettel caso seja necessário. Acredito. Principalmente quando se tem uma força política maior até mesmo do que o talento. Não que o espanhol não seja talentoso. Mas também não é nenhum gênio, e quando não teve a política ao seu lado, se viu obrigado a denunciar a própria equipe em um jogo baixo e sujo, provavelmente aprendido com Flavio Briatore. Não estou dizendo que a McLaren estivesse certa em roubar segredos industriais, mas o espanhol ficou calado até enquanto interessou - e o pecado da McLaren foi não lhe dar preferência. Alonso tem se valido dos patrocinadores para se manter como primeiro da Ferrari, e azar de Felipe Massa, que obedeceu e desobedeceu nas horas erradas e já não é tão bem visto assim no time de Maranello, o que é uma pena, afinal a red Bull mostrou que dois pilotos brigando valem muito mais do que apenas um, como a Ferrari achou que seria o ideal. Bem feito para todo mundo, para a Ferrari, o patrocinador, o Alonso e o Felipe, que acharam que o público poderia ser feito de besta. Coitado do Domenicalli, a essas alturas mais perdido do que chinelo havaiana em pé de bêbado...
E se Vettel realmente for para a Ferrari? Não está longe de acontecer, afinal a Ferrari quer virar Red Bull e acabou até mesmo sondando o Adrian Newey, que preferiu ficar onde está. Vettel já disse que tem o objetivo de guiar pela Ferrari um dia, e a Red Bull falou que vai fazer o impossível para mantê-lo na equipe. Bom, tudo são especulações e comentários, mas a Ferrari teve de engolir até mesmo um cartão de Natal da Red Bull, e se não correr, vem aí mais um jejum de títulos - A não ser que Vettel vá para lá e Alonso não queira usar sua força política, o que vai ser difícil.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Lotus, o retorno - parte 2
Muitos saudosistas como eu celebraram o retorno da Lotus nessa temporada. Tudo bem, nem de longe o desempenho lembrou a Lotus do passado, que deu títulos a Jim Clark, Graham Hill e Emerson Fittipaldi, além da primeira vitória de Ayrton Senna. Mas aí teve uma bela briga nos tribunais, a Proton não queria mais que Tony Fernandes usasse o nome de Lotus (mas aí tem muita coisa para explicar e acho que nem eles mesmos entenderam a diferença entre Lotus Cars., Team Lotus e etc). Aí sabe o que aconteceu? Tony Fernandes conseguiu a parceria com a Renault e conseguiu também o uso do nome Team Lotus. A Proton, por sua vez, fez parceria com a Renault e vai usar o nome de Lotus (embora continue com Renault F1 team até mesmo no si domínio do site). Conclusão? por falta de uma, teremos duas Lotus Renault no ano que vem. Uma com o verde e aquela lista amarela (igual aos tempos de Clark), e a outra, a pintura negra e dourada que consagrou um dos carros mais bonitos da história. Se alguém saiu realmente perdendo, eu não sei. Mas quem realmente saiu ganhando foram os fãs de Formula 1, afinal, um arzinho retrô sempre agrada na categoria...
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Calma galera!
O desafio das estrelas já se tornou um importante evento para o automobilismo Nacional, e ao lado das 500 milhas da Granja Viana, mostra o que é Kart, a melhor escola do automobilismo à um público que acha que corridas são feitas somente de Stock Car, Indy Car e Fórmula 1, que é o que se mostra (e muito mal) na televisão. E quando muito, alguns que já viram a "Corrida de caminhão". Talvez tenha vindo daí a motivação de Ruben Carrapatoso e Danilo Dirani em darem umas alfinetadas via Twitter aos participantes do desafio, que neste ano foi composta basicamente dos pilotos que correm nas categorias Top e um ou outro da Stock Car. Kartista? Apenas 1, Leonardo Nienkötter, de Santa Catarina. Em uma bricadeira, Dirani questionou à Ruben se o fato de não haverem kartista no evento seria por medo das estrelas. Tony Kanaan (que diga-se de passagem é um cara muito legal, assim como Dirani), não gostou da brincadeira e acabou falando um pouco de besteira, e acabou até mesmo menosprezando os profissionais do kart, e o que era uma brincadeira acabou transformando-se em um insulto geral, motivado, como sempre, pela imprensa especializada. Uma pena, pois o evento foi bem legal, Teve a Bia Figueiredo mostrando todo o seu talento, assim como Lucas Di Grassi. Os dois mostraram que a única coisa que falta à eles é realmente o dinheiro necessário para se construir uma carreira Internacional (sim, o patrocinador ainda pesa, que o diga Felipe Massa). E talve se a imprensa realmente desse ao kart nacional a importância dada no fim de semana do Desafio, quem sabe a história seria outra...
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
A ingrata vida de piloto
Fosse em qualquer autódromo do mundo, em um tempo não muito distante (uns 4 anos atrás, para ser mais exato), era praticamente impossível ultrapassar uma barreira de repórteres para conseguir se aproximar de Michael Schumacher. O alemão é um piloto até acessível, não se importa de tirar fotos ou dar autógrafos, foi capaz de levar um cachorro vira-lata para casa, mas ser o maior piloto do mundo em matéria de números dificulta o acesso. Ou dificultava. Agora as coisas mudaram um pouco. Lembro-me de certa vez que Alonso disse que quando você está numa boa fase é como se você tivesse um balão sobre você, e basta que a boa fase passe para outro piloto que o balão vai junto. E é exatamente o que acontece com Michael Schumacher. Enquanto repórteres cercavam os três principais candidatos ao título, Schumacher andava tranquilamente pelos boxes sem ser incomodado. Talvez ele não ache tão ruim poder passar praticamente despercebido, mas não deixa de ser uma ingratidão por parte da mídia e de alguns torcedores. Talvez também seja um pouco de reflexo pelo fato de Michael ter resolvido voltar pela Mercedes, esquecendo-se das dores no pescoço que o impediram de pilotar o fraco F60 após o acidente de Felipe Massa, o que causou um efeito "Gugu Liberato" (Apresentador que largou o SBT e agora viu sua audiência despencar), além também de ter levado uma surra de seu companheiro Nico Rosberg, mostrando que Schummy não foi em 2010 nem sombra do campeão do passado. Mas em 2011 muita coisa pode mudar. Os Testes dos pneus Pirelli mostraram que muita gente pode voltar a se dar bem, e quem sabe o alemão seja um deles. Afinal, polêmicas por polêmicas, as do alemão sempre foram muito mais interessantes de serem discutidas...
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Ao contrário da F1...
Pois é, não deu para a Red Bull, pelo menos não na Stock Car. Max Wilson, depois de ter retornado da Austrália no começo do ano passado para tentar uma chance na Stock, aproveitou sua chance - e muito bem. Max aproveitou o momento certo para trocar os seus pneus e conseguiu escapar de boas confusões, que também foi algo que não faltou na grande final. Primeiro foi Thiago Camilo que acertou o então líder Allam Khodair logo no início da prova (pois é, sempre acontece isso na chicane que sucede a reta em Curitiba). Depois teve a chuva, que ameaçava e não vinha, e acabou chegando no momento mais decisivo. Sorte de Max, que soube parar num momento melhor do que seus adversários, que deram shows de rodadas e escapadas a partir desse momento. Valdeno Britto saiu dos boxes com o tanque de abastecimento ainda acoplado ao carro (só para dar uma idéia de como a chuva deixou todo mundo confuso), e Max ainda recebeu um Drive trough, que ainda assim foi insuficiente para estragar sua corrida. A vitória da corrida acabou ficando com Diego Nunes (também merece o prêmio de melhor estratégia), seguido de Xandinho Negrão e Júlio Campos. Mas além do talento, Max mostrou algo mais: Vale a pena voltar para o Brasil e correr na nossa mais importante categoria!
Assinar:
Postagens (Atom)