O GP da Itália de Fórmula 1 disputado neste último final de semana em Monza não deixou nada a dever nos quesitos emoção e disputa. Além de toda a carga natural de adrenalina e sentimentos difusos, a corrida possibilitou que o campeonato novamente embolasse, devolvendo Alonso e Button à briga, Webber à liderança da tabela e ainda resguardando boas chances a Hamilton e Vettel.
Apesar de tudo isso, um aspecto me chamou a atenção tanto quanto este embate: a entrevista de Emerson Fittipaldi para Carlos Gil, repórter da Rede Globo, antes do GP. Falou de sua participação como comissário – haja luz! Uma atitude louvável da FIA – e do mal logrado jogo de equipes.
No entendimento de Emmo, tal jogo deveria ser válido e ele ainda afirmou sua existência desde longa data – algo que já não nos choca. Reclamou ainda, não da ação e sim da forma como este tem sido realizado, pois segundo ele esta encenação poderia ter sido “melhor elaborada” – se é que isto é possível.
Bem, da nossa parte e falando como torcedor, fico extremamente triste e profundamente decepcionado com o universo da competição esportiva quando ouço afirmações deste tipo. Em minha singela visão, a disputa do duo (piloto/máquina) pelo lugar mais alto do pódio é o real combustível e motivação deste tipo de competição, na havendo, portanto, lado mais forte ou fraco em uma disputa. À partir do momento em que se priorize um piloto, seja ele quem for, em favorecimento, não respeitando os demais competidores e principalmente, seus torcedores – àqueles que de fato pagam a fatura de todo e qualquer evento esportivo – ou que por qualquer motivo se beneficie uma equipe por quaisquer tipo de interesses financeiros e/ou mercadológicos em detrimento da competitividade vigente como regra, perderemos todos. E não só àqueles que pensam em seus públicos e patrocinadores, mas principalmente os que realmente amam o esporte a motor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário