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terça-feira, 4 de maio de 2010

Singapura 2008 e a Anistia

Apesar de não ser necessário falar ainda mais do "Crashgate" protagonizado pela equipe Renault e, mais notadamente por Nelsinho Piquet, uma análise à luz dos fatos pode ser realmente esclarecedora, uma vez que a FIA anunciou nas últimas semanas que os dois principais envolvidos no escândalo poderão retornar à Formula 1 já em 2012 (teria aqui alguma influência de Jean Todt, por causa do mais que conhecido contato Alonso "Rosso-Maranello" & Briatore? Vejamos:

  • Nelson Ângelo Piquet, o "Anti-herói": As chances de ter arruinado sua carreira na elite do automobilismo, em minha opinião, passam de 90%. Só retornará caso ganhe tudo por onde passar, o que é pouco provável dada à competitividade exacerbada do esporte a motor, ou caso tenha muita grana para comprar um cockpit, que aparentemente será mais caro para ele. Apesar disso parece bem satisfeito correndo na série B da NASCAR e eventualmente em outras categorias, tendo corrido até na Copa Montana (acesso da Stock brasileira);

  • Pat Symonds, o "pseudo vilão" : Este prejudicou e manchou sua carreira na Formula 1. Não se deve desprezar sua longa carreira no gerenciamento de trabalhos técnicos e no seu potencial de coordenação de desenvolvimento de um carro. Foi um dos beneficiados do "perdão" da FIA, podendo retornar já em 2012;

  • Lewis Hamilton, o "real beneficiado": Ganhou o título da temporada de 2008 por apenas um ponto de diferença, apesar de ter carro e braço para mais. Reafirmou sua capacidade de gerar erros quando sobre pressão (lembra-se de Interlagos em 2007?), cometendo erros crassos de julgamento, além de claras falhas primárias. Apesar de seu extremo talento, não aparenta possuir o "coração do campeão" (o que não chega a ser um enorme problema, já que tantos outros também tinham este defeito, como Ronnie Peterson, Stirling Moss e Carlos Reutmann, que ao contrário de Lewis nunca foram campeões mas continuam sendo lembrados pelo talento);

  • Fernando Alonso, o "bastardo inglório": O doce sabor da vitória acima de tudo. Assism deve pensar Fernandinho, que mesmo após o escândalo teve seu nome exaltado pelo excepcional desempenho ao guiar um acrro realmente inferior ao de seus concorrentes, destaque este efetivamente borrado por não haver real concorrência do asturiano contra seu companehiro de equipe, aquele que divide o mesmo teto, material e estrutura, e pelo claro favorecimento da equipe em seu benefício, sendo que seu chefe de equpe (Briatore) era também seu manager;

  • Felipe Massa, o "mocinho injustiçado": O maior prejudicado na história, junto com Nelsinho. Perdeu a chance do título devido ao incidente e às falhas infantis da equipe rossa (quem não se lembra do "pirulito" eletrônico?). Apesar disso continua em alta e na Ferrari, tendo sido claramente um dos pilotos que mais evoluiu guiando um Formula 1 em todos os tempos na categoria;

  • Flávio Briatore, o "câncer": Tudo indicava que o ocorrido finalizaria sua carreira já controversa, mas numa estranha virada - seria política? - recebeu o "perdão" da FIA para o retorno em 2012. Continua, segundo ele, agenciando Fernando Alonso e muito mais rico. E cada vez mais excêntrico. E, muito possivelmente, mais anti-ético do que nunca. Credito seu retorno a Dom Fernando, o qual agradeço, com vaia sonora, e o dedo médio em riste.

Por Átila Almeida


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