Falando de Corrida

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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Falando de Lewis Hamilton...


Lewis Hamilton chegou à Formula 1 como qualquer piloto sonha: Pela McLaren e adorado pelos ingleses. Carismático, Lewis criou uma polêmica enorme ao colocar o campeão da época, Fernando Alonso, no chinelo. Alonso acabou colocando o rabo entre as pernas e acabou abrindo caminho para que o inglês conquistasse o título mais espetacular dos últimos anos, beneficiado, ironicamente, por uma trapaça do espanhol e de Flavio Briatore.
No início, Lewis foi muito bem assessorado pelo empresário, ninguém menos que seu pai. Sua carreira ia bem, e os resultados vinham com facilidade, mesmo com Lewis mostrando estilo arrojado e dando shows na pista, o que dificilmente trouxe resultados em toda a história da F1.  Até que veio a briga e a demissão do pai.
Aí a coisa desandou. Lewis contratou um empresário do show business que não sabe que automobilismo é feito de resultados, e não de aparições em público. Em suma: Ele não sabe que Lewis é um esportista, e não o quinto Beatle. E Lewis tem feito coisas que não condizem com seu talento.
Devido aos seus constantes acidentes, Lewis foi o primeiro a abandonar a briga pelo título. E não foram acidentes necessários, o que tem trazido críticas de todos os lados, inclusive de seus colegas de profissão, quase sempre prejudicados pelas suas manobras. Lewis decaiu drasticamente, e tem agido como um jovem piloto em início de carreira, e não um campeão mundial.
Mas a grande fraqueza de Lewis tem sido sua ingratidão. Depois de despedir o pai, tem criticado abertamente o time pela sua falta de resultados. E todo mundo sabe, só está na F1 porque o pai teve que ter 3 empregos para permiti-lo correr e porque a McLaren o apoiou. E será difícil arrumar uma vaga em um bom time com a pilotagem que tem demonstrado.
É realmente uma pena o que tem acontecido com Lewis. Carismático e talentoso, Lewis só precisa pensar no que está acontecendo, como sugeriu Felipe Massa, até hoje seu maior adversário na pista. E nada como quem seu maior oponente para conhecer suas qualidades e defeitos. Espero que Lewis pense, porque a Formula 1 sem ele seria muito chata.

terça-feira, 27 de setembro de 2011



Jenson Button foi, na maior parte de sua carreira, o cara certo no lugar errado. Tapou buracos na Williams, Benetton, e Renault, até cair na malfadada BAR, que acabou virando Honda. Mostrou bastante serviço em 2004, quando conquistou pódios importantes para a equipe, que nunca teve constância entre suas qualidades. E só se tronou o cara certo no lugar certo depois de 9 anos de Formula 1, na Brawn GP. Muitos estavam convencidos de que seria seu único triunfo, mas Button conseguiu surpreender a muitos, inclusive a mim.
Quando Button foi ser companheiro de Hamilton, todos acharam que levaria uma surra vergonhosa. Não foi, e não tem sido. Button foi capaz de mostrar talento e capacidade fantásticos, tem dado shows e só não levou mais um título por falta de carro. Parece ser o único capaz de competir com Vettel de maneira racional, e partilha de algo bom com o atual campeão: Acelera muito, fala pouco e não se envolve em polêmicas extra-pista. E, na minha concepção, consegue ser mais racional que Vettel em momentos cruciais.
Button é um gentleman, jamais causa um acidente desnecessário e ultrapassa na hora certa. Poupa o carro com uma pilotagem eficiente, que deveria ser aprendida pelos pilotos da Ferrari. Não culpa ninguém por seus fracassos e não exige tratamento diferenciado, além de não ficar criticando a área técnica da McLaren. Enfim, é um piloto à moda antiga.
Button não é do tipo que ganha porque largou na frente ou porque caiu um pé d’água na hora em que precisou. Cai para o fundo do pelotão e vem passando quem for necessário, como fez no Canadá, aponto de fazer Vettel cometer seu único erro até agora. Talvez porque tenha mostrado talento suficiente para amedrontar o top driver da atualidade.
Button é o tipo de cara que faz falta à Fórmula 1. Sem medo e sem frescura, não quer se tornar um Super Star, está lá para ser um grande piloto, e é. Espero que a McLaren lhe ofereça um equipamento à altura no próximo ano. Aí quem sabe ele seja de novo o cara certo no lugar a certo, assim como Vettel.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Falando de Vettel



Analisar um piloto não é algo fácil, afinal, o automobilismo não é um esporte tão individual assim. Dezenas de pessoas estão envolvidas na vitória ou fracasso de um piloto, e além disso, seus resultados dependem de fatores que vão muito além de seu talento. Um exemplo: Michael Schumacher não teria sido quem foi se estivesse a bordo de uma Minardi. Mas, mesmo com a Red Bull tendo feito um carro excepcional, nada tira o mérito de Sebastian Vettel. Lembro-me da quinta-feira que antecedeu o GP do Brasil do ano passado. Vettel andava despreocupado pelos boxes, ao contrário de seus adversários. Não parecia colocar toda aquela pressão em seus próprios ombros, o que mostra o quanto amadureceu como piloto. E isso a ponto de não cometer sequer um dos erros do ano passado, como em Istambul e Spa.
Vettel foi o mais jovem a conquistar qualquer coisa na Formula 1: Pontos, pódio, pole, vitória, título e bicampeonato, afinal a taça já é dele. E quando vejo alguém dizer “Queria vê-lo em um carro inferior”, questiono se o cidadão tem falta de memória, porque não faz tanto tempo assim que Vettel saiu da Toro Rosso. Lembra-se do time antes de Vettel? Sofreu nas mãos de Vitantonio Liuzzi e Scott Speed, demitido por falta de resultados para a chegada de Vettel. No ano seguinte, bons resultados e uma surpreendente vitória em Monza, para um time que foi derivado da Minardi citada acima. Claro que não dá para comparar uma com outra tecnicamente, mas Vettel venceu com um carro inferior ao da matriz, que não era nenhuma potência na época.
Fico pensando se a Red não teria sido uma equipe de sucesso se tivesse um piloto com Vettel há mais tempo. Ele substituiu David Coulthard, que nunca foi capaz de andar bem onde esteve, e pegou Webber de surpresa. O australiano teve que começar a andar, mas parece não ter sido capaz de acompanhar o ritmo do jovem companheiro. Teve uma grande chance no ano passado, mas agora briga para se manter entre os líderes, sem ter vencido uma etapa neste ano. Esse é outro ponto a favor de Vettel: Foi capaz de vencer tendo que enfrentar seu companheiro, diferentemente dos campeões em atividade.
Vettel pode até ser o cara certo no lugar certo, e é preciso muita sorte para isso. Mas está aproveitando todas as chances que lhe aparecem. E isso só se consegue com (muito) talento. E para deixar a Fórmula 1 sem graça, só grandes gênios conseguiram. E para Vettel, não tem sido um problema.

domingo, 25 de setembro de 2011

Sem comentários


O que dizer? A dupla Vettel - Red Bull está simplesmente impecável. Vettel já é campeão, isso é fato. É fato também que o mérito não é só do carro, do contrário, Mark Webber estaria mais próximo do alemão no campeonato. Parece que até mesmo o australiano reconheceu a superioridade do alemão, ou simplesmente não conseguiu acompanhar o seu ritmo. O fato é que Vettel tem deixado a F1 sem graça, assim como Schumacher fez na década passada, só que com uma diferença: Vettel será bi campeão com 2 anos e 9 meses a menos do que Schumacher. Se não chegar logo alguém para competir com ele, tchau para os recordes de Schumacher. Fora o ritmo impressionante de Vettel, destaca-se também a atuação de Jenson Button. Mais uma vez o inglês escapou das barbeiragens de seu companheiro de equipe e conseguiu chegar à vice-liderança do campeonato, com méritos. E deixa claro que com um carro mais competitivo, brigaria pelo título, com certea. Aliás, é o único capaz de tirar o título de Vettel, mas para isso necessitaria de um milagre.
Pouco temos mesmo a falar do monótono GP de Cingapura. Vettel reinou absoluto de ponta a ponta, mais uma vez Hamilton se envolveu em acidentes e de novo a Ferrari se arrastou na pista. O time italiano, aliás, está mais próximo de ter o ritmo igualado pela Mercedes do que igualar o ritmo de McLaren e Red Bull. E levando-se em conta que para eles o campeonato acabou aqui, há muito trabalho para se fazer, tanto administrativa quanto tecnologicamente. E se eu fosse Felipe Massa, aproveitaria o momento para mostrar serviço, pois agora não tem a desculpa de ter que ficar atrás de Fernando Alonso. Felipe, aliás, mais uma vez se envolveu em acidente com Lewis Hamilton, e foi tirar satisfações com o inglês, que mesmo depois de toda a confusão fez um bom trabalho, terminando 4 posições à frente de Felipe, mesmo depois de tomar punição, embora Felipe tenha que ter se arrastado muito mais do que Hamilton após a batida.
Quanto à Bruno Senna, depois de um péssimo final de semana para a Renault Lotus, que não pôde estrear suas evoluções, acabou longe dos pontos, em 15º, duas posições à frente do companheiro de equipe. o resultado final foi o seguinte:








Paradas

1
Sebastian VETTEL
Red Bull Renault
ALE
1:59:06.537
61 voltas
3


2
Jenson BUTTON
McLaren Mercedes
ING
+1.737

3


3
Mark WEBBER
Red Bull Renault
AUS
+29.279

3


4
Fernando ALONSO
Ferrari
ESP
+55.449

3


5
Lewis HAMILTON
McLaren Mercedes
ING
+1:07.766

5


6
Paul DI RESTA
Force India Mercedes
ESC
+1:51.067

2


7
Nico ROSBERG
Mercedes
ALE
+1 volta

3


8
Adrian SUTIL
Force India Mercedes
ALE
+1 volta

2


9
Felipe MASSA
Ferrari
BRA
+1 volta

4


10
Sérgio PÉREZ
Sauber Ferrari
MEX
+1 volta

2


Não dá para não falarmos de Paul Di Resta. Mesmo longe dos holofotes, tem feito um bom trabalho, levando a Force India a ganhar precioso pontos no campeonato E é bom os grandes ficarem de olho e mais espertos, afinal a equipe tem aproveitado o talento de Paul e a Força dos motores Mercedes para beliscar pontos preciosos. Já está próxima da Mercedes, que está próxima da Ferrari. Só o que ninguém consegue mesmo, é se aproximar da Red Bull.