Falando de Corrida

Novidades, lembranças e curiosidades do nosso esporte a motor

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domingo, 27 de março de 2011

Boa, mas nem tanto

As novidades da Fórmula 1 criaram algumas disputas, mas não a ponto de deixar a corrida mais emocionante.




A Formula 1 começou. Claro, nós fãs esperávamos muito mais das novidades, como a asa móvel e a volta do Kers, mas a Formula 1 começou do mesmo jeito que terminou a última temporada: Com Vettel na frente e nenhuma briga pela liderança. Algumas coisas melhoraram, como a regra dos 107%, embora fosse mais interessante nivelar as equipes do que deixar os mais lentos de forma. Desse jeito, duvido que a Hispânia chegue até o fim do ano, afinal se já é difícil arrumar patrocinador participando das corridas, imagine ficando de fora. Bom para os críticos de Bruno Senna no mínimo entenderem que uma Hispania não é uma Red Bull (Nem mesmo uma Toro Rosso). A corrida começou com uma largada fantástica de Felipe Massa, algumas confusões no pelotão intermediário e praticamente nenhuma mudança  entre os líderes. Durante 11 voltas a TV focou na briga de Felipe Massa com Jenson Button, o que mostrava uma McLaren muito mais forte do que a Ferrari. Até o momento em que Button cortou o caminho e passou Felipe, que não ofereceu muita resistência à Fernando Alonso na curva seguinte. Button acabou punido (desnecessariamente, já que era só esperar mais um pouco) e acabou jogando uma possível boa corrida fora. Enquanto isso, Vettel dominava seguido de Hamilton, enquanto Mark Webber brigava com os pneus (Aliás a briga dos pneus com os pilotos foram maiores do que com seus adversários) e Rubens Barrichello, que havia largado na 17ª posição, vinha fazendo uma boa recuperação. E estava na briga pelos pontos quando cometeu um erro digno de novato e tirou Nico Rosberg da corrida. Conclusão: Perdeu o bico e ainda foi punido. Mas quem chamou a atenção mesmo foi o russo Vitaly Petrov, que andava na quarta posição e se aproveitou dos problemas de Webber para herdar a terceira posição, e um pouco mais atrás, o mexicano Sérgio Perez, que conseguiu poupar seus pneus bem e fez uma única parada, enquanto alguns pilotos chegaram a parar 4 vezes. Felipe Massa estava para ser ultrapassado pelo mexicano quando entrou nos pits pela última vez. Massa acabou ficando apenas em 9º, enquanto a Ferrari de Alonso começou a render e ele chegou a encostar em Petrov, mas já era tarde para tentar uma manobra. Mais tarde a Sauber foi exclusa, e Massa subiu para o sétimo posto. O resultado final foi este::
1 - Sebastian Vettel (Red Bull/Renault)
2 - Lewis Hamilton (McLaren Mercedes)
3 - Vitaly Petrov (Lotus/Renault)
4 - Fernando Alonso (Ferrari)
5 - Mark Webber (Red Bull/Renault)
6 - Jenson Button (McLaren Mercedes)
7 - Felipe Massa (Ferrari)
8 - Sebastien Buemi (Toro Rosso/Ferrari)
9 - Adrian Sutil (Force India/Mercedes)
10 - Paul di Resta (Force India/Mercedes)


Após poucas disputas e algumas surpresas, uma coisa é certa: Trocar umas dezenas de botões por um pedal de embreagem e uma alavanca de câmbio talvez fosse mais funcional...

segunda-feira, 21 de março de 2011

WTCC e Cacá surpreende (mas, nem tanto)


Mais uma vez a categoria de turismo mundial da FIA desembarcou no Brasil esbanjando organização e profissionalismo. O formato da disputa - em duas baterias - agradou bastante e o esquema montado, com a Stock abrindo as emoções, acertou em cheio.

Quanto às disputas, a primeira bateria foi morna. O principal embate ficou entre Tom Coronel e Kristian Poulsen que após grande pega trocaram de posições e terminaram em 4° e 5°, respectivamente. O pódio principal ficou com Robert Huff, Yvan Muller (provavelmente a dupla a ser batida na temporada, ambos correndo de Chevrolet - também o melhor conjunto) e Cacá Bueno  - como convidado - mostrando ótimo condicionamento e adaptação.

A segunda bateria foi mais disputada, e aqui novamente Coronel, para mim o melhor piloto do final de semana, destacou-se chegando na segunda posição. Alain Menu foi o vencedor, seguido em 3° por Muller. Cacá foi o 5°.

Sinceramente e contra muitos críticos fica aqui a menção que atesta a qualidade do piloto brasileiro, que ao contrário de muitos, corre não só pela condição financeira privilegiada, mas também pelo brilhantismo e velocidade constantes. Esperamos contar com mais este representante nesta categoria, uma vez que Augusto Farfus passou a pilotar pela BMW na ALMS nesta temporada.

E falando de Indy...


Felizmente acabou. Os fãs brasileiros podem celebrar: Tony Kanaan acertou com a equipe KV (apoiada pela Lotus Cars) para correr a temporada de 2011 pela Indy. Tony vinha passando por maus momentos, primeiro quando seu principal patrocinador (A rede 7 Eleven) anunciou que deixaria de patrocinar a Indy, o que não é a primeira vez, afinal isso já aconteceu nos anos 80, quando a equipe patrocinou Emerson Fittipaldi. O rápido e simpático Tony acabou perdendo a vaga na Andretti, e chegou oferecer uma proposta do grande amigo Rubens Barrichello, que desejava financiar sua carreira. Mas aí a coisa acabou mudando, Tony acabou fechando para correr na De Ferran Dragon em dezembro, mas pouco tempo depois a equipe anunciou que não havia conseguido verba suficiente para correr nessa temporada. Tony estava a pé novamente.
Ainda havia vagas na Dale Coyne e Dreyer & Reinbold, o que não é muito bom negócio, e Tony acabou recebendo proposta da KV, que precisa de um piloto como o brasileiro, já que conseguiu bons apoios e precisa de resultados. Sábia decisão, de ambas as partes. Tony fará apenas um teste antes da temporada, que se inicia nesse final de semana. Um tremendo lucro, para quem não tinha carro até semana passada. Fico feliz que tudo tenha dado certo. Afinal, bom piloto e cara legal que é, Tony não mereceu passar por isso. Mas, como se diz, sem grandes lutas, não há grandes vitórias.

P.S.: O Tony irá correr com as cores e o número 82, igual ao de Jim Clark quando venceu a Indy 500 de 1965. Quem sabe agora a tradicional corrida finalmente seja da maneira que Tony merece!

A Stock começou!


Sem a cobertura desejada (e merecida) pelos fãs, ontem a nossa principal categoria teve início no autódromo de Curitiba, junto com o WTCC. A prova não foi nada previsível, houve muitas trocas de líderes, intervenção do Safety Car e mais uma vez a prova de Rosinei Campos, o Meinha, sabe muito bem a receita de ganhar provas. E de fazer dobradinhas, uma vez que o segundo colocado também foi um de seus pilotos. O vencedor da prova, Thiago Camilo, aproveitou para lavar a alma depois do melancólico final de temporada passado, também disputado em Curitiba, onde acabou ficando de fora da Super final depois de um acidente. Mas ontem foi diferente. Depois de largar em 11º, Thiago fez uma excelente prova, aproveitou-se dos problemas dos adversários e também da estratégia da equipe. Não se arrependeu de mudar de casa, muito pelo contrário, celebrou a boa recepção da equipe RCM e soube retribuir com uma bela vitória, seguido pelo atual campeão Max Wilson e do ex-piloto de Fórmula 1, Ricardo Zonta. Camilo se mostrou surpreso com a vitória, sabia que tinha um bom carro mas não acreditava que pudesse vencer. Mas automobilismo é assim: um jogo de talento e, muitas vezes, de sorte.

Observação: Gostei de ver que a Estrela lançou uma nova série do Autorama, da Stock Car. Com os carros de Camilo e de Cacá Bueno, a Estrela comemora os 50 anos do brinquedo de uma forma que poucos imaginavam, afinal o forte sempre foi celebrar os brasileiros que estavam na Fórmula 1. Fico muito feliz de ver que finalmente os pilotos que ficaram por aqui possam colher seus frutos.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Nova categoria, pilotos de sempre


Na última segunda-feira, 13 de março, foi apresentada oficialmente a Copa Petrobrás de Marcas. Isso mostra que nosso automobilismo está crescendo (teoricamente), afinal a Stock Car mostrou que o automobilismo pode ser bastante rentável aos anunciantes, o que nos trouxe novas categorias, como a GT3 e a Copa Línea, e agora o nacional de marcas felizmente ressurge. Se por um lado cresce o número de categorias de turismo, por outro temos dois problemas sérios: Primeiro, só existe uma categoria escola de âmbito nacional para quem sai do Kart, que é a Fórmula Future trazida por Felipe Massa, que já disse o que todo mundo sabe: Não teremos pilotos brasileiros na Fórmula 1 nos próximos anos. Segundo: O número de pilotos não aumenta proporcionalmente ao número de categorias de turismo que surgem no Brasil. O mesmo cara que pilota na Stock Car, pilota na Línea, na GT3 divide um carro com um "gentleman driver" e vai para a pista num carro da Copa de marcas. Tá legal, sempre houve pilotos que pilotaram em mais de uma categoria, não só por aqui mas principalmente nos USA, onde tem gente que corre em mais de uma divisão da NASCAR e ainda arruma tempo para a Indy Car. Mas por lá o automobilismo é muito maior, tanto em número de autódromos quanto categorias e participantes. Por aqui a coisa está ficando crítica, pois o crescimento acaba sendo algo virtual, uma vez que surgem categorias mas pilotos que é bom, nada.

Entendam que não estou criticando os pilotos, muito pelo contrário. gosto muito de ver pilotos como Duda Pamplona, que pilota onde tem chance (e pilota muito) e nos proporcionam grandes espetáculos. Estou criticando as Federações, que cobram uma grana absurda para inscrições e outras taxas e não facilitam a entrada de novos talentos. E olha que estes não faltam, é só acompanhar uma etapa do paulista de marcas (e eu recomendo com afinco) e comprovar o que estou dizendo. Sei que minha opinião pouco conta (assim como da maioria do público e dos pilotos), mas seria ótimo se o automobilismo brasileiro tivesse um crescimento de fato, e no futuro talvez não te tenhamos que abrir as páginas de antigas revistas para dizermos "olha como o autódromo enchia naquela época..."

segunda-feira, 7 de março de 2011

Príncipe das Lamúrias

Para quem acha que Felipe Massa é chorão sem motivo, é porque talvez não acompanhe as entrevistas e declarações de Fernando Alonso. Às vezes polêmico e na maioria das vezes um chato de galochas, o espanhol já começou a reclamar dos Pneus Pirelli, dizendo: "É como um penalti a cada meia hora de jogo"
"Os pneus tem dificuldade de aderência desde a primeira volta. Precisamos cuidar deles! A estratégia da corrida mudará para três ou quatro paradas por corrida, e não gosto disso!" Diz o espanhol. E mais:
"Ano passado, conservávamos os pneus melhor que a Red Bull, mas era impossível alcançar seu ritmo. A chave seria uma parada a menos, mas creio que não será possível." Relata Alonso, que vê o mesmo problema para todas as equipes: "É preciso uma relação concreta entre carro e pneus,e isso é o essencial para o campeonato. Os pneus serão os mesmos para todos. Os compostos duros aguentam mais que os macios (JURA), mas será interessante largar com os macios".

Bom, vale lembrar que o espanhol anda declarando que não vê o título como uma obrigação, dizendo Não creio que seja nenhuma obrigação. Sempre começo a temporada com a motivação e a esperança de consegui-lo, mas não por ser meu segundo ano na Ferrari (...) Quando se está em uma equipe tão forte quanto esta, há consciência disso, mas saiba que sempre farei o máximo, e se não acontecer, tentarei no ano que vem”, o que mostra que o espanhol está comedido com relação às expectativas para essa temporada. Bem, errado ele não está, afinal é melhor reconhecer que será difícil do que sair por aí cantando vitória para não dar em nada. O ruim para o espanhol é que a expectativa sobre seu companheiro de equipe é um pouco diferente, afinal Felipe Massa vem andando muito bem com os pneus Pirelli. Mas que fique bem claro: Se Alonso não for campeão, já existe um culpado (mesmo antes de a temporada começar).

quarta-feira, 2 de março de 2011

Chuva de besteiras

Que Bernie Ecclestone não é nenhum poço de sanidade mental, todo mundo sabe, certo? O fato de o velhinho saber (e muito bem) ganhar dinheiro, não é o suficiente para dizer que Bernie tenha boas idéias. A das medalhas não me parece ruim. Sagrar campeão o piloto que tem o maior número de vitórias me parece não somente justo como também estimula os caras a brigarem na pista ao invés de ficarem correndo para somar pontos. Neste método atual, acaba campeão quem corre usando a cabeça, o que é eficiente como Alain Prost já provou há muito tempo, porém as corridas acabam ficando um saco, não dá para negar.

Bom, mas aí também entram outras questões, como a aerodinâmica (que já foi modificada mas aparenetemente sem muito sucesso) e os traçados de Hermann Tilke (que conhece sabe, não há muito o que falar). Aí o Bernie teve uma idéia brilhante: Colocar chuva artificial nos GPs para aumentar a emoção. Na verdade fiquei emocionado só de ouvir a idéia do velho sábio, afinal para que esperar a boa vontade do São Pedro? 
Na verdade acho que Bernie não fala certas coisas de maneira séria, usa isso apenas como um chamariz para que a Fórmula 1 estampe páginas de jornais, porque se depender da maioria dos pilotos, Fórmula 1 só vira notícia em caso de polêmicas. E de polêmicas, o velho Bernie entende!