Falando de Corrida

Novidades, lembranças e curiosidades do nosso esporte a motor

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domingo, 31 de outubro de 2010

No Itaipava GT Brasil, novos campeões!

Depois de uma belíssima temporada, a dupla Valdeno Brito/ Matheus Stmph finalemte foi declarada campeã do Itaipava GT Brasil. Na verdade, a dupla só´precisava participar da prova deste domingo, mas os dois preferiram terminar o fim de semana em grande estilo: Depois do segundo lugar conquistado ontem, a dupla venceu com sobras a segunda etapa do final de semana disputada em Pinhais (Região metropolitana de Curitiba). A dupla foi premiada com a constância, uma ve que nem sempre tiveram o melhor carro, no entanto sempre procurou terminar as provas bem colocada. Ou soube agarrar a oportunidade de vitória, como neste domingo.
Mas se a vitória da dupla foi de certo modo tranquila, o mesmo não pode se dizer da briga pelo segundo lugar. Primeiro foi Juliano Moro disputando com Xandy Negrão, já no final da prova. Os dois vinham em uma bela disputa, até que faltando pouco para o final, Moro acabou tocando o Ford de Xandy, ficando os dois por ali, no final da reta dos boxes.
A vice liderança foi alcançada por Pedro Queirolo, que lutava para manter seu Dodge Viper na pista. E lutava mais ainda para se mater à frente de Cleber Faria, que colocava muita pressão. E foi tentando ultrapassar Queirolo que Faria acabou perdendo a posição para Allam Khodair, que vinha muito forte. E faltando menos de duas voltas, Khodair estava decidido a ganhar a posição de Queirolo. Mas foi aí que acabou errando e caindo para a sétima posição, deixando a briga novamente entre Queirolo e Faria. E mesmo vindo lado a lado, Queirolo conseguiu resistir, levando o segundo lugar merecidamente, com um verdadeiro trem atrás.
Foi um belo show, dessa categoria que tem crescido cada vez mais e tem animado as nossas tardes de domingo, com belos carros e grandes pilotos. E não dá para ir embora sem dizer: Parabéns campeões!

Histórias de Interlagos

Aproveitando a ocasião do GP do Brasil (que além de me fazer sentir orgulho por morar na cidade de São Paulo, também me gera tremenda expectativa), vou relembrar alguns grandes momentos de Interlagos. Que me perdoem aqueles que gostavam de Jacarepaguá (sim, sinto saudades dos anos 80 porém acho que Interlagos fez muita falta nestes anos), mas Interlagos foi palco de shows e histórias curiosas. Aliás, tudo começou lá, com uma prova extracampeonato em 1972, vencida justamente por um argentino! Ironia...


Mas, ironias à parte, o autódromo paulista nos traz grandes recordações. E embora eu não tenha vivido nessa época, gostaria de lembrar o GP de 75. Primeiro porque o vencedor, foi alguém que hoje dá o nome ao autódromo, e um dos grandes do automobilismo nacional, José Carlos Pace. O Moco (como era conhecido), foi uma espécie de Rubinho no começo de carreira, não tinha a mínima sorte. Rodas mal aparafusadas, suspensão que quebrava e aerofólios que não suportavam a pressão aerodinâmica foram alguns dos problemas por ele enfrentados ao longo da carreira na F1. Mas na tarde de 26 de janeiro de 1975 tudo foi diferente. Pace havia conquistado a sexta posição do grid, e o favorito era Emerson Fittipaldi, que largava em segundo e havia vencido a prova nos dois anos anteriores. Porém quem tomou a ponta logo no início foi o argentino Carlos Reutmann, que perderia a ponta logo depois para Jean Pierre Jarier. Enquanto isso, Emerson fazia uma corrida discreta, e Pace vinha bem, alcançando logo a quarta posição. E enquanto Reutmann ia para trás, Pace vinha para frente, e conquistava a segunda posição. Na volta 32 (naquela época o GP tinha 40 voltas, já que a pista tinha mais de 7 Km), A sorte apareceu para Pace. Jarier abandonou, e o Moco passou a ser o líder, seguido de Emerson.

A prova permaneceu assim, e o Brasil conquistou sua primeira dobradinha na Formula 1. Mas a torcida ficou dividida (tinha que ser no Brasil), e metade vaiava por torcer por Fittipaldi e metade aplaudia Moco. Vai entender o povo...

Mas o que ficou foi a lembrança de uma grande tarde, a saudade de um grande herói, e claro, muita história para contar!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Prontos de novo

Para algumas pessoas (eu estou entre elas), o grande Prêmio do Brasil já começou à cerca de 1 mês. Foram palestras, vídeos, provas teóricas e simulados com carros na pista, tudo isso para garantir para que tudo ocorra bem nesse 38º GP do Brasil de Fórmula 1. Mas que fazemos nós?


Somos os comissários de pista, ou populares “bandeirinhas”, que tanto aparecmos quanto somos anônimos. Somos os voluntários que durante o ano todo participamos de todos os tipos de provas (desde os campeonatos regionais com Seus Fuscas, Passats e Pumas) passando pelos brasileiros como Stock Cars e Racing Festival até chegar no mundial de Fórmula 1. Não vou dizer que não é prazeroso fazer parte de tudo isso, apesar das dificuldades que encontramos durante o ano, afinal, descobrimos com o passar do tempo, que entre outras emoções, o Autódromo de Interlagos é um lugar onde no mesmo dia faz 4 estações. Há 3 anos que faço parte da equipe de sinalização, e vou participar do meu segundo Grande Prêmio do Brasil. Mas têm pessoas que o fazem desde que a Fórmula 1 voltou para Interlagos em 1990, dos quais nem surge a idéia de parar de fazê-lo. Claro que como disse anteriormente, as dificuldades são muitas, e muita gente não faz idéia realmente de como é o trabalho dos comissários (que vai muito além de agitar as bandeiras), mas poder colaborar com um evento tão importante já compensa tudo.

O GP começou para nós em 2 de outubro, com uma palestra sobre o anexo H do código desportivo internacional, instrumento que rege o trabalho de pista de uma corrida, e terminou com um treino de rádio. No dia 16 foi a hora da prova – 10 questões evolvendo situações de corrida – além de um vídeo mostrando acidentes em Interlagos nos últimos anos para nos mostrar que por aqui as coisas também acontecem, e que temos que estar preparados. Por fim o simulado do dia 23, onde carros das Fórmulas 3 e Alpie simularam situações de um GP. E faltando apenas uma semana, agora é hora daquele friozinho na barriga, e por mais que aconteça todo ano, a expectativa aumenta sempre...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A moeda cairá em pé?

Houve uma época no futebol paulista em que, quando se falava em disputas de troféus, dizia-se que para decidir quem era o campeão deveria-se lançar uma moeda, cara ou coroa, e o prêmio seria de Corinthians ou Palmeiras. Coube ao São Paulo - meu time de coração - colocar a moeda em pé.

Muitos diziam que o campeonato da F1 seria decidido pelos Tiões rubrotaurinos - Vettel e Webber, ou cara e coroa. Mas, será que Alonso seria o cara a pôr novamente a moeda em pé?

Após o GP da Coréia, a Ferrari nos dá um tapa de luvas de pelíca, fazendo com que não só o espanhol entre na briga e passe a liderar o certame, como põe Massa novamente no pódio, após duas etapas extremamente infelizes e que não culminaram em pontos, estes muito importantes por ajudar também a seu parceiro de equipe na briga do campeonato.

A RBR teve um final de semana atípico, e também infeliz. Após liderar o fim de semana de treinos, com Webber nos livres e Vettel na classificação oficial, viu ambos acabarem a corrida pior do que entraram, com o australiano destruindo o carro e com o alemão inutilizando mais um propulsor, resultado que põe a conquista de pilotos e construtores à perigo. Lembremos aqui que Webber estreiava uma nova usina - sua oitava - enquanto que Alonso já esgotou seus novos, estando na fase de reaproveitamento dos já utilizados e desgastados.


A Mclaren teve um fim de semana pouco significativo, apesar do segundo lugar conquistado por Hamilton. Button novamente ficou pra trás de seu parceiro de equipe, caindo de sexto para décimo quinto após os pits e completando em 12°, apontando assim quem deverá ser o preferido pelos prateados para a disputa das últimas duas etapas.

Agora só nos resta esperar os aproximados dez dias e dezoito horas que de hoje nos separam para a primeira  etapa de treinos livres do GP Brasil, que salvo engano deverá definir o campeão do ano de 2010. Os rossos ganharam 3 dos últimos 4 GP's disputados em território brazuca, mas não deixem Webber de fora da disputa contra Don Alonso das Astúrias. Façam suas apostas!!

Entrou água

Muita gente achou absurdo quando Fernando Alonso disse que ainda poderia ser campeão este ano, tamanha era a superiodade da Red Bull. Mas o GP da Coréia (apesar de não ser nenhum exemplo de emoção na pista), foi palco de uma reviravolta na fase mais deceisiva do campeonato. E quem errou menos, levou. Sim, falo de Alonso e da Ferrari. E não são somente os erros da corrida coreana, e sim ao longo do ano. A Ferrari definitiivamente acertou quando deu a preferência à Alonso na Alemanha (embora isso possa ter sido um fator que desmotivasse Felipe Massa pelo resto do campeonato). As equipes têm que ser preparar para o que pode acontecer, e a Ferrari se preparou para poder contar com a sorte. A Red Bull não, e isso pode custar um campeonato que tinha tudo para, no mínimo, estar para ser decidido pelos carros da equipe. Tudo bem, Vettel não teve a mínima culpa na Coréia, mas e ao longo do ano? Webber errou pela segunda vez no campeonato, o que é admissível principalmente quando se olha para as condições da pista. Mas a equipe continua em cima do muro, Christian Horner já disse que não vai favorecer Webber tão já (se é que pode se chamar de "já" duas corridas para o fim do campeonato).

Mas enfim, a chuva na corrida sem graça na Coréia pode ter mudado a História do campeonato. A largada foi dada atrás do Safety Car, com Lewis Hamilton esbravejando pelo rádio que queria corrida. A corrida começou sem o mínimo de graça, e na volta 19, Webber rodou e bateu, deixando a liderança para Vettel, seguido de Alonso. Alonso chegou a perder a posição para Hamilton em um erro da Ferrari nos boxes, e recuperou-a após um erro de Lewis. E faltando poucas voltas, o motor Renault da Red Bull foi para o espaço, criando desespero na equipe. Alonso então só administrou, e terminou 14 segundos à frente de Hamilton, que foi seguido por Felipe Massa. A classificação final foi a seguinte:

1 - Fernando ALONSO - Ferrari

2 - Lewis HAMILTON - McLaren Mercedes

3 - Felipe MASSA - Ferrari

4 - Michael SCHUMACHER -Mercedes

5 - Robert KUBICA -Renault

6 - Vitantonio LIUZZI - Force India Mercedes

7- Rubens BARRICHELLO - Williams Cosworth

8 - Kamui KOBAYASHI - BMW Sauber Ferrari

9 - Nick HEIDFELD - BMW Sauber Ferrari

10 - Nico HÜLKENBERG - Williams Cosworth


A próxima parada é aqui em Interlagos (motivo de ansiedade), onde Webber venceu no ano passado mas onde a Ferrari tem um excelente histórico, vencendo 3 das últimas 4 corridas. E se a Red Bull não acordar, não precisará ser profeta para saber o final do campeonato. É o preço que se paga  por ser emocional e não racional.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

E finalmente, o GP da Coréia

Depois de tanta dúvida, finalmete a Fórmula 1 chegou à Coréia. Foram muitas dificuldades para que a prova pudesse ser realizada, mas o respeitável empenho dos coreanos foi o suficiente para que o GP pudesse ser realizado.
E dentro da pista, por enquanto, Webber vai mostrando força ao derrotar os concorrentes já no primeiro dia de treinos, com uma pilotagem agressiva a ponto de deixar somente três rodas na pista em vários momentos, o que mostra que o australiano realmente quer esse título. Fernando Alonso vem logo atrás, seguido por Lewis Hamilton, e tudo isso por apenas 3 décimos de segundo, com Vettel somente em sétimo. Dá para esperar uma grande prova, e mais que isso, um final de campeonato eletrizante, daqueles que entram para a história. E quem sabe não teremos um final como aquele de 1986, com três postulantes disputando cada curva na última corrida no campeonato! Pois, é, quem sabe...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Falando de Schumacher...

Michael Schumacher teve uma grande oportunidade. A oportunidade que todos acharam que ele estava aproveitando em 2006, quando decidiu deixar as pistas como o maior de todos os tempos. É verdade que muitos sempre contestaram se Schumacher seria o melhor ou não, porém em números ele foi absoluto. E muitos o consideraram acima da média, outros tantos, genial. E no ano passado muitos (inclusive eu), concordaram que o melhor que ele tinha a fazer era não entrar naquele carro da Ferrari, um carro tão ruim quanto parecia ser. Aí Ross Brawn, genial como sempre, criou um carro fantástico, vencedor e campeão logo de cara, o que fez a Mercedes comprar uma equipe que quase não entrou para o campeonato do ano passado e com uma única temporada entrou para a história. A Mercedes então chamou Schumacher. E, claro, com o retrospecto do carro criado no ano passado (diga-se de passagem, com um orçamento para lá de restrito), Schumacher era uma opção para fazer mais um grande time. Mas tudo saiu errado. Pelo menos para Schumacher, que está bem atrás do companheiro de equipe, que não é lá nenhum fenômeno. Schummy acabou até falando besteira, dizendo que tudo seria diferente a bordo de uma Red Bull...

A imprensa se alegra em denegrir Schumacher. Assim como também se alegra em criar um clima de animosidade entre os pilotos da Ferrari. A imprensa se esquece do ser humano por trás do capacete, e se o sucesso de um piloto dá uma matéria muito boa, o insucesso deste mesmo piloto dá uma ótima matéria, e que se dane o lado pessoal dele. Não estou defendendo o alemão, acho até que durante a carreira ele fez coisas lamentáveis, assim como Fernando Alonso, Lewis Hamilton e tantos outros ainda o fazem, e hoje são deuses, amanhã serão crucificados (vide Schumacher).

Particularmente espero que Schumacher aproveite a próxima oportunidade (mais um ano de contrato) para voltar a ser o bom e velho Schummy, afinal quero ter histórias para contar do que vi em uma fase da Fórmula 1, que apesar de monótona, consagrou um grande nome. E espero também que ele nos dê a oportunidade de acompanharmos grandes shows, dos quais acho que ele ainda é capaz.

domingo, 10 de outubro de 2010

Mais equilibrado do que nunca

Se Sebastian Vettel cometeu alguns erros ao longo do ano, o mesmo não foi visto em Suzuka. E olha que a pista não é fácil e derrubou muita gente até mesmo antes da largada. Que o diga Lucas Di Grassi, que teve problemas e passou reto quando leva sua Virgin para o alinhamento. A largada já começou com duas confusões: Primeiro foi Vitaly Petrov, que entro na traseira de Nico Hulkenberg, ficando os dois por lá mesmo. Alguns metros adiante, Felipe massa ficou sem espaço para ultrapassar Nico Rosberg, passou pela grama e na volta acertou Vitantonio Liuzzi, da Force India. Os acidentes obrigaram o Safety Car a entrar na pista, e durante a intervenção, Robert Kubica ficou sem uma roda de sua Renault, abandonando e cedendo a segunda posição para Mark Webber, posições que permaneceriam dessa maneira até o final da prova. O show da corrida ficou por conta do dono da casa, Kamui Kobayashi, que dava show e ganhava várias posições no pelotão de trás. A McLaren tentou deixar Jenson Button o máximo de tempo na pista durante a rodada de pit stops, porém não foi suficiente nem mesmo para deixar os carros prateados na frente de Alonso. Mais tarde Hamilton ficaria sem a terceira marcha, permitindo assim, a passagem de Button. Enquanto isso Koba continuava seu show, Rosberg também perdia uma roda e Adrian Sutil mostrava um controle impressionante, enquanto seu motor explodia e o carro jogava óleo nas próprias rodas. Na frente, os carros da Red Bull ditavam o ritmo, com Vettel pilotando como nunca, nunca abrindo mais do que 3 segundos para Webber. Enquanto isso, Kobayashi passava por Rubinho e Heidfeld, mostrando que é o piloto que o Japão sempre mereceu, e foi coroado com o sétimo lugar. O resultado final foi o seguinte:

1- Sebastian Vettel (Red Bull/Renault)

2- Mark Webber (Red Bull/Renault)

3- Fernando Alonso (Ferrari)

4- Jenson Button (McLaren/Mercedes)

5- Lewis Hamilton (McLaren/Mercedes)

6- Michael Schumacher (Mercedes)

7- Kamui Kobayashi (BMW Sauber/Ferrari)

8- Nick Heidfeld (BMW Sauber/Ferrari)

9- Rubens Barrichello (Williams/Cosworth)

10- Sebastien Buemi (Toro Rosso/Ferrari)

Agora Vettel está empatado com Alonso no número de pontos, somente atrás no campeonato por ter uma vitória a menos que o espanhol. Faltando 3 corridas para o final, o sistema de pontos adotado pela FIA permite um campeonato muito mais equilibrado, e com três corridas pela frente, ainda não dá para prever quem será o campeão.

sábado, 9 de outubro de 2010

Voltas no passado: Suzuka, 1988

Aproveitando o treino cancelado nesta madrugada e transferid para as 22hs de hoje (horário de Brasília), façamos aqui um túnel do tempo para relembrarmos um momento inesquecível vivido nesta pista para poucos...


O treino oficial para o GP do Japão de 1988 foi dominado por Senna e Prost (nesta ordem), dupla da McLaren que até então já havia dominado a temporada de maneira avassaladora, com o brasileiro levando a melhor no momento. Ayrton precisava da vitória para ser campeão graças ao sistema de pontos usado, onde se aproveitavam apenas 11 dos 16 melhores resultados.


Na largada, Prost assumiu a dianteira e Senna ficou pra trás, com problemas no motor de sua Mclaren. Ayrton, inteligente, manteve o pé na embreagem para deixar o carro aproveitar o declive da pista e fez o motor funcionar novamente, partindo da 14º posição para uma das mais impressionantes corridas da história da F1.


Passou a primeira volta em 8º, a segunda em 6º, a terceira em 5º e a quarta em 4º. Prost liderava, mas já se preocupava com a chegada do brasileiro, seguido por Berger, Capelli, Senna e Mansell. Após alguns giros, Capelli pula para o 2º posto e já atacava Alain.


Após algumas voltas, Senna, por sorte – mas, com muito talento - passa a 2º no final do giro 19 , depois do abandono de Capelli com problemas elétricos. Neste exato momento, começava talvez a maior batalha já vista entre dois homens na F1.


No giro 27, Prost enrola-se com 2 retardatários a sua frente (o March de Maurício Gugelmin e o Rial de Andrea de Cesaris) e é ultrapassado por Ayrton, que vinha embalado pela excepcional recuperação e foi ainda mais impulsionado pela chuva, que caiu o suficiente para que o brasileiro abrisse e mantivesse a vantagem necessária para conquistar não só a vitória, mas o título de 1988.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Red Bull e a hora da verdade

Na fase decisiva do campeonato, a Red Bull dominou os treinos livres mais uma vez, encabeçando a lista com Sebastian Vettel e Mark Webber. Os dois colocaram nada mais nada menos do que 0,8 segundo sobre a Ferrari de Fernando Alonso, que fechou em quarto, atrás do Polonês Robert Kubica, que foi a surpresa da sexta-feira por andar na frente das Ferrari. Felipe Massa veio logo atrás de Alonso, em quinto. Porém Alonso disse que prefere esperar o resultado do treino oficial para poder ter um parâmetro mais próximo da realidade. Dá para entender, afinal o espanhol chegou a dominar os treinos em algumas Sextas feiras e o resultado final acabou não sendo satisfatório. Porém, em uma das pistas mais velozes e interessantes do campeonato, tudo leva a crer que realmente a Ferrari vai precisar de muita força se quiser continuar na briga. E com a falta de desempenho da McLaren, não será de se estranhar se a briga ficar mesmo entre os dois da Red Bull. A não ser que Vettel faça das suas...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Túnel do tempo: a primeira vitória do leão Nigel Mansell

Botas, só pra não passar em branco nesta semana de lembranças, recordemos também a primeira vitória deste grande piloto, que se não fascinava pela excepcional habilidade, o fazia pela garra e ausência de medo do perigo.

Faz falta mais caras como este na F1 atual...

O link está aqui: http://tinyurl.com/2c8nn94

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Bobagens para todos os gostos

Apesar da fantástica temporada de 2010 da Fórmula 1, muitas opiniões e pontos de vistas têm aparecido de todos os lados, desde as sempre presentes discussões de botequim até ideias incríveis e, claro, algumas irresponsáveis. Mas a idéia de Richard Branson (dono da Virgin) e de Tony Fernandes (Lotus) passou dos limites. A ideia de retirar a bandeira azul deveria ser punida como crime de tentativa de homicídio. Os dois (que devem saber tudo de automobilismo), deveriam saber que a bandeira azul (segundo o anexo H do código desportivo internacional), não serve para que o piloto dê passagem, mas para que ele saiba que um carro mais veloz se aproxima. Inclusive se o líder estiver lento, e um piloto que vai descontar volta estiver mais rápido, ela é mostrada ao líder (aposto que esta muita gente não sabia!), e isso tudo por questão de segurança. Um exemplo: se em Zolder, 1982, durante o treino, uma bandeira azul tivesse sido apresentada à Jochen Mass, provavelmente ele estaria alerta e saberia que Gilles Villeneuve estava mais veloz atrás dele, e o resultado teria sido positivo para a Fórmula 1. Dizer que tirar a bandeira azul na Fórmula 1 traria mais emoção não é só mais uma besteira. É a prova de que as pessoas envolvodas na Fórmula 1 entedem bastante de dinheiro, porém nada de segurança na pista. Que o diga Mark Webber, mais rápido que Kovalainen...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Watkins Glen, 4 de outubro de 1970


"Eram 11 horas e chovia. A pista estava marrom, enlameada pelos sapatos dos espectadores. Não esperava que isso pudesse acontecer em uma pista de GP, em um país como os Estados Unidos. Depois de 20 voltas a pista já estava mais limpa e eu já me sentia mais à vontade. Passei John Surtees, Chris Amon e Jackie Oliver. Depois Jackie Stewart parou com o motor fumegando. Pela primeira vez senti-me capaz de ultrapassar os adversários quando eu bem entendesse. Era uma sensação agradável avistar uma cobra como (Jack) Brabham depois de ter estudado como ultrapassá-lo, e conseguir fazer isso sem problemas. O bonezinho branco de Colin Chapman estava voando e era a primeira vez que eu via isso dentro de um carro. Numa fração de segundo explodiram juntas em minha mente, a emoção de vencer o Grande Prêmio dos Estados Unidos e a lembrança das fotos que eu recortava das revistas e que mostravam o chapéu de Chapman voando, no momento em que o grande Jim Clark cruzava a linha de chegada em mais uma vitória. Mas agora o bonezinho branco voava para mim..."

Emerson Fittipaldi, sobre sua primeira vitória na Fórmula 1